Chacina que deixou 8 corintianos mortos na Pavilhão 9 completa 1 ano
Ex-PM e PM são acusados de executar vítimas em 18 de abril de 2015.
Primeiro réu está preso; segundo responde em liberdade em São Paulo.
A chacina que deixou oito corintianos mortos a tiros na Pavilhão 9, na Zona Oeste de São Paulo, completa um ano nesta segunda-feira (18) com dois acusados pela execução aguardando a Justiça decidir se irão ser julgados.
De acordo com a acusação, o crime foi cometido no dia 18 de abril de 2015 por desavenças e ameaças entre um dos executores e uma das vítimas. Além de serem dirigentes da Pavilhão, eles disputavam pontos de tráfico de drogas na Zona Oeste da capital.
Os demais sete torcedores foram mortos com tiros na cabeça porque reconheceram os atiradores. Um corintiano conseguiu fugir e um faxineiro foi poupado pelos criminosos. Com o depoimento deles, a Polícia Civil chegou às identidades dos assassinos. Imagens de câmeras de segurançagravaram parte da ação criminosa.
De acordo com a acusação, o crime foi cometido no dia 18 de abril de 2015 por desavenças e ameaças entre um dos executores e uma das vítimas. Além de serem dirigentes da Pavilhão, eles disputavam pontos de tráfico de drogas na Zona Oeste da capital.
Os demais sete torcedores foram mortos com tiros na cabeça porque reconheceram os atiradores. Um corintiano conseguiu fugir e um faxineiro foi poupado pelos criminosos. Com o depoimento deles, a Polícia Civil chegou às identidades dos assassinos. Imagens de câmeras de segurançagravaram parte da ação criminosa.
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Um ex-policial militar e um policial militar são réus no processo que apura os assassinatos. O primeiro está preso preventivamente, o segundo chegou a ser detido, mas foi colocado em liberdade por decisão judicial para responder em liberdade.
No próximo dia 27 de junho, o ex-policial Rodney Dias dos Santos e o policial Walter Pereira da Silva Júnior serão ouvidos pela Justiça no Fórum Criminal da Barra Funda. Além do interrogatório dos acusados, estão previstos os depoimentos das testemunhas de defesa deles.
Rodney, preso desde 7 de maio do ano passado, está atualmente no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP). O soldado Walter ficou retido pela Polícia Militar (PM), mas foi solto em 7 de dezembro de 2015.
De acordo com o Ministério Público (MP), responsável por denunciar Rodney e Walter à Justiça, os dois são acusados de entrar na sede da Pavilhão com mais um atirador. Os três, segundo testemunhas, mandaram Fábio Neves Domingos, ex-presidente da torcida e desafeto declarado de Rodney, se ajoelhar com mais sete outros torcedores na quadra.
Em seguida, o trio de atiradores disparou nas nucas de cada uma das vítimas. Além de Fábio, de 34 anos, foram mortos: Ricardo Junior Leonel do Prado, 34; Andre Luiz Santos de Oliveira, 29; Matheus Fonseca de Oliveira, 19; Jhonatan Fernando Garzillo, 21; Marco Antônio Corassa Junior, 19; Mydras Schmidt, 38; e Jonathan Rodrigues do Nascimento, 21.
No próximo dia 27 de junho, o ex-policial Rodney Dias dos Santos e o policial Walter Pereira da Silva Júnior serão ouvidos pela Justiça no Fórum Criminal da Barra Funda. Além do interrogatório dos acusados, estão previstos os depoimentos das testemunhas de defesa deles.
Rodney, preso desde 7 de maio do ano passado, está atualmente no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP). O soldado Walter ficou retido pela Polícia Militar (PM), mas foi solto em 7 de dezembro de 2015.
De acordo com o Ministério Público (MP), responsável por denunciar Rodney e Walter à Justiça, os dois são acusados de entrar na sede da Pavilhão com mais um atirador. Os três, segundo testemunhas, mandaram Fábio Neves Domingos, ex-presidente da torcida e desafeto declarado de Rodney, se ajoelhar com mais sete outros torcedores na quadra.
Em seguida, o trio de atiradores disparou nas nucas de cada uma das vítimas. Além de Fábio, de 34 anos, foram mortos: Ricardo Junior Leonel do Prado, 34; Andre Luiz Santos de Oliveira, 29; Matheus Fonseca de Oliveira, 19; Jhonatan Fernando Garzillo, 21; Marco Antônio Corassa Junior, 19; Mydras Schmidt, 38; e Jonathan Rodrigues do Nascimento, 21.
“Os assassinos agiram como os executores do Estado Islâmico, com as vítimas rendidas, ajoelhadas e mortas com tiros na cabeça”, afirmou ao G1 o promotor Rogério Leão Zagallo.
“Teve um torcedor que tentou correr e morreu do lado de fora. Sete morreram dentro da quadra”, comentou Zagallo. “O alvo era Fábio, mas os outros foram mortos porque estavam no local errado na hora errada e poderiam reconhecer os atiradores e os delatá-los à polícia”.
Segundo o promotor, o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) ainda investiga quem poderia ser o terceiro criminoso que participou da chacina.
Segundo o promotor, o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) ainda investiga quem poderia ser o terceiro criminoso que participou da chacina.
Apesar disso, o promotor antecipou à equipe de reportagem que as provas contra um dos réus identificados não é “forte” e existe a possibilidade de que ele não seja nem submetido à júri. “A prova contra o Rodney é muito boa, mas a prova contra Walter é fraca”, disse Zagallo. “É possível que ele seja até inocente”.
Segundo a acusação, testemunhas confirmaram a rixa interna na Pavilhão entre Fábio e Rodney, que assim como a vítima, também chegou a ser presidente da organizada. Relataram ameaças de morte entre eles.
Walter, porém, não foi reconhecido pelo faxineiro poupado pelos atiradores e pelo corintiano sobrevivente que escapou. O responsável pela limpeza teria saído vivo da quadra porque era conhecido de Rodney. O torcedor é uma das testemunhas protegidas no processo.
A ligação entre o policial e Rodney seria o fato de que os dois foram vistos uma vez numa festa da Pavilhão antes do crime. Além disso, a defesa de Walter anexou ao processo um vídeo que mostra o policial chegando de carro no seu condomínio momentos antes da chacina e não saindo mais de lá.
Segundo a acusação, testemunhas confirmaram a rixa interna na Pavilhão entre Fábio e Rodney, que assim como a vítima, também chegou a ser presidente da organizada. Relataram ameaças de morte entre eles.
Walter, porém, não foi reconhecido pelo faxineiro poupado pelos atiradores e pelo corintiano sobrevivente que escapou. O responsável pela limpeza teria saído vivo da quadra porque era conhecido de Rodney. O torcedor é uma das testemunhas protegidas no processo.
A ligação entre o policial e Rodney seria o fato de que os dois foram vistos uma vez numa festa da Pavilhão antes do crime. Além disso, a defesa de Walter anexou ao processo um vídeo que mostra o policial chegando de carro no seu condomínio momentos antes da chacina e não saindo mais de lá.
Pela chacina, o ex-policial e o policial respondem a processo por homicídios dolosos, nos quais há intenção de matar. “Fábio foi morto por causa da rivalidade que tinha com Rodney na administração da torcida e na disputa pelo tráfico de drogas”, falou Zagallo. “Em relação as outras sete pessoas assassinadas, morreram para não incriminar os assassinos”.
O G1 não conseguiu localizar os defensores dos dois réus para comentar o assunto. A equipe de reportagem também não localizou os familiares dos torcedores mortos ou os representantes da torcida para falar do caso.
Na página da Pavilhão Nove no Facebook há uma homenagem aos corintianos mortos e a previsão de um ato às 17h desta segunda-feira na Praça da Sé para lembrá-los, com a presença dos parentes, grupos de direitos humanos e rappers.
O G1 não conseguiu localizar os defensores dos dois réus para comentar o assunto. A equipe de reportagem também não localizou os familiares dos torcedores mortos ou os representantes da torcida para falar do caso.
Na página da Pavilhão Nove no Facebook há uma homenagem aos corintianos mortos e a previsão de um ato às 17h desta segunda-feira na Praça da Sé para lembrá-los, com a presença dos parentes, grupos de direitos humanos e rappers.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/04/chacina-que-deixou-8-corintianos-mortos-na-pavilhao-9-completa-1-ano.html
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