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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Omissão do Conselho Municipal de Cultura de São Paulo

Omissão do Conselho Municipal de Cultura de São Paulo

Omissão do Conselho Municipal de Cultura de São Paulo

A Constituição Federal (CF) estabelece que a cultura é direito de todos e dever do Estado. Em especial, o artigo 215 da CF prevê que "o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional". O artigo 216 define o patrimônio cultural e impõe ao Poder Público, com a colaboração da sociedade, a proteção desses bens.

Marco Normativo Federal Sobre Conselhos de Cultura

  • Lei nº 14.835/2024 (Sistema Nacional de Cultura): obriga os municípios a criarem conselhos de políticas culturais, com representação paritária da sociedade civil.
  • Lei nº 12.343/2010 (Plano Nacional de Cultura): define como meta a constituição de conselhos municipais para garantir gestão democrática da cultura.
  • Lei nº 13.018/2014 (Política Cultura Viva): reforça a necessidade de gestão colaborativa no âmbito cultural.

Leis Estaduais e Municipais Aplicáveis

O Estado de São Paulo adota princípios de participação social nas políticas públicas culturais. Entretanto, o município de São Paulo ainda não implantou efetivamente o seu Conselho Municipal de Cultura, apesar das diretrizes constitucionais e da Lei Orgânica Municipal preverem a participação popular.

Obrigações Constitucionais e Administrativas

O município tem dever legal de promover políticas culturais participativas. A inexistência do conselho de cultura afronta a Constituição (arts. 215, 216 e 29) e viola princípios administrativos, como legalidade e eficiência (art. 37, CF).

Papel dos Conselhos de Cultura

Os conselhos são espaços de planejamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas culturais. Garantem a participação da sociedade civil e asseguram o direito à cultura de forma democrática e transparente.

Impacto na Política Periférica e Hip Hop

A ausência do Conselho Municipal de Cultura prejudica diretamente as políticas culturais periféricas, especialmente o movimento Hip Hop, que é expressão legítima da juventude e da cultura popular urbana. Sem um conselho deliberativo, a gestão cultural torna-se centralizada e invisibiliza iniciativas oriundas das periferias, comprometendo o acesso a editais, a valorização de artistas locais e o fortalecimento de projetos culturais de base comunitária.

A cultura Hip Hop, enquanto patrimônio imaterial e instrumento de transformação social, demanda participação efetiva na formulação de políticas públicas. A inexistência do conselho nega o protagonismo das comunidades periféricas e acentua as desigualdades no acesso a recursos culturais.

Falhas Administrativas da Prefeitura

Apesar das obrigações constitucionais e legais, a Prefeitura de São Paulo omite-se na criação do conselho, prejudicando a governança cultural e descumprindo o Sistema Nacional de Cultura, o que pode ensejar responsabilização administrativa e civil.

Fundamentação para Atuação do Ministério Público

A ausência do conselho configura omissão administrativa e afronta direitos coletivos. O Ministério Público pode ser provocado a agir para garantir a criação do Conselho Municipal de Cultura, inclusive por meio de Ação Civil Pública ou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Documento jurídico elaborado com base na Constituição Federal, legislação federal e municipal, para fins de controle social, fortalecimento das políticas culturais periféricas e valorização do movimento Hip Hop.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

RAPPER PIRATA AMOR ÚNICO É COLETIVO

AMOR ÚNICO É COLETIVO
Rapper Pirata desmonta o status quo com flow visceral e produção autoral

Em pouco mais de dois minutos, Rapper Pirata conjura um universo onde o indivíduo e a coletividade se entrelaçam em rimas afiadas sobre um beat hipnótico e “provocante” — como diz o próprio trecho de abertura. A batida, construída em camadas de percussão sincopada e synths que sobem em tensão, é o motor que impulsiona uma letra repleta de contrastes: elegância e fúria, crítica social e afirmação de identidade.

“É caro bancar o fake chic / humanos são movimento / transformamos os momentos”

Aqui, Pirata recusa o artifício e a pose vazia: sua estética é crua, mas polida na medida certa. Ele declara guerra ao “inimigo invisível” — seja o preconceito da classe média racista, seja as grades invisíveis das redes sociais — e ergue a bandeira de um “amor único” que só faz sentido quando compartilhado (“é coletivamente”).

A força da micromateria está no contraste entre o urgente e o orgânico: enquanto o beat “faisca na noite”, a mensagem acende reflexões sobre pertencimento, resistência e solidariedade. Não é um rap que se contenta em narrar a periferia; é um manifesto sonoro que exige movimento, ruptura da “social caixa” e, sobretudo, ação.

Lançado para circular sem fronteiras, “AMOR ÚNICO É COLETIVO” tem tudo para explodir timelines mundo afora — não apenas como faixa, mas como chamado à união. Em tempos de polarização, a música de Rapper Pirata soa como um lembrete potente: só atravessamos a tempestade juntos.

“somos povo, melhor povão / nossos sonhos não são em vão”

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Fórum Hip Hop MSP em parceria com o projeto Riscos e Efeitos

 No próximo domingo, dia 13/04/2025, o Espaço Fim do Mundo na Lapa foi palco de mais uma edição incrível do Fórum Hip Hop MSP em parceria com o projeto Riscos e Efeitos, do produtor DJ Pec Jay.

O evento reuniu diversas expressões da cultura hip hop, com a presença de MCsDJs e uma exposição de arte exclusiva do artista Dmart. Uma celebração à arte urbana, à resistência e à identidade cultural da periferia!

Além das batalhas de rima e apresentações de DJs consagrados, o público poderá prestigiar a exposição de grafites e obras que retratam a força do hip hop como movimento social e artístico.















































terça-feira, 8 de abril de 2025

DADOS LEVANTADOS PELO DO FORUM HIP HOP MSP SOBRE A DROGADIÇÃO E O ENCARCERAMENTO EM MASSA E SEUS EFEITOS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA DE 1998 A 2025

A Nova Política Criminal Brasileira sobre Drogas: Avanços ou Retrocessos? (2007-2025)

A Nova Política Criminal Brasileira sobre Drogas: Avanços ou Retrocessos? (2007-2025)



2. Impactos do Encarceramento por Crimes Relacionados às Drogas no Brasil

2.1 Dados do Sistema Prisional Brasileiro

Presos por Tráfico de Drogas por Estado

Mapa de presos por tráfico de drogas por estado brasileiro. Fonte: G1/Globo

O sistema prisional brasileiro apresenta dados alarmantes:

  • Em 2024, a população carcerária total do Brasil atingiu 839,7 mil pessoas
  • O Brasil se mantém como o terceiro país que mais encarcera no mundo, atrás apenas dos EUA e China
  • Cerca de 30% dos detentos ainda estão presos provisoriamente, sem condenação definitiva
  • Aproximadamente 200 mil pessoas estão presas por crimes relacionados ao tráfico de drogas

2.2 O Tráfico de Drogas como Principal Causa de Encarceramento

Perfil dos Presos por Tráfico de Drogas

Perfil dos presos por tráfico de drogas no Brasil. Fonte: G1/Globo

O tráfico de drogas se consolidou como o delito que mais contribui para o encarceramento no Brasil:

  • Aproximadamente um em cada três presos responde por tráfico de drogas
  • Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais, o tráfico representa 23% dos delitos no sistema prisional
  • Desde a implementação da Lei 11.343/2006, houve um aumento de mais de 300% no número de presos por tráfico
  • A ausência de critérios objetivos para diferenciação entre usuário e traficante contribui para este cenário

2.3 Foco na Cidade de São Paulo

São Paulo apresenta particularidades no cenário nacional de encarceramento por drogas:

  • A cidade registra, em média, 17 suspeitos de tráfico presos ou apreendidos por dia
  • Em números absolutos, no primeiro semestre de 2024, foram detidas 3,1 mil pessoas por tráfico
  • O estado de São Paulo gastou R$ 3,7 bilhões com a guerra às drogas em 2023
  • Segundo pesquisas, o crack é a droga ilícita mais consumida na capital paulista, presente em 31% das respostas em levantamentos, seguido da maconha (9%)

Dados alarmantes: A cidade de São Paulo teve, em média, 17 suspeitos de tráfico de drogas presos ou apreendidos por dia durante o primeiro semestre de 2024. Em números absolutos, as forças de segurança detiveram 3,1 mil homens e mulheres, tanto em flagrante (2.945) quanto por meio de mandados judiciais (166) no período.


3. O Impacto nas Famílias Pobres e Adolescentes

3.1 Vulnerabilidade Socioeconômica e Drogas

Impacto nas Contas Públicas

Impacto nas contas públicas da adoção de critérios para tipificação do tráfico de drogas. Fonte: Fonte Segura - Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Estudos demonstram uma correlação significativa entre vulnerabilidade socioeconômica e os impactos negativos da política de drogas:

  • Famílias que vivem em situação de exclusão social são mais vulneráveis a problemas relacionados ao uso e abuso de substâncias psicoativas
  • A criminalização afeta desproporcionalmente as populações mais pobres, com menor acesso a defesa jurídica adequada
  • Mulheres pobres e negras estão na ponta da superexploração do tráfico de drogas e expostas a diversas violências

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas revelou um paradoxo: embora 85% das pessoas que assumiram usar drogas sejam da classe A, o encarceramento atinge majoritariamente as camadas mais pobres da população.

3.2 Adolescentes e o Consumo de Drogas

O uso de drogas entre adolescentes apresenta características preocupantes:

  • As substâncias mais utilizadas pelos adolescentes são álcool, nicotina e maconha
  • O consumo de drogas pelos adolescentes aumentou nos últimos anos, com crescimento de mais de 12% entre meninas
  • O início precoce do uso de substâncias está associado a maior risco de desenvolver dependência e danos cerebrais em fase crucial de desenvolvimento
  • A maconha é referida como a droga mais consumida por aproximadamente 67% dos adolescentes usuários

Alerta: Ação das drogas no cérebro de adolescentes pode ser mais prejudicial devido ao desenvolvimento cerebral ainda em andamento. Existem diversas substâncias psicoativas, como o álcool, maconha e LSD que podem alterar ou comprometer permanentemente o desenvolvimento neurológico nessa fase crítica da vida.

3.3 Desestruturação Familiar

A política criminal de drogas produz efeitos devastadores na estrutura familiar:

  • O encarceramento de membros da família, especialmente das figuras parentais, compromete a estabilidade do núcleo familiar
  • A fragilização das relações, a desestruturação dos laços afetivos e as dificuldades financeiras são os problemas mais comuns
  • Pesquisa realizada pela Lenad Família revelou que pelo menos 28 milhões de pessoas no Brasil têm algum familiar dependente químico
  • O estigma social associado tanto ao uso quanto ao tráfico de drogas agrava a marginalização das famílias afetadas

Os dados mostram claramente que as famílias que vivem em situação de exclusão social são vulneráveis a problemas relacionados ao uso e abuso de substâncias psicoativas. O consumo de álcool constitui um dos graves fatores de risco para o adoecimento e morte em todo o mundo, principalmente entre os países mais pobres.


4. Análise Crítica da Política Criminal de Drogas (2007-2025)

4.1 Contradições do Modelo Atual

A política criminal brasileira sobre drogas apresenta contradições fundamentais:

  • Embora a Lei 11.343/2006 tenha despenalizado o uso de drogas, na prática, a falta de critérios objetivos para diferenciação entre usuário e traficante resulta em criminalização discricionária
  • O aumento das penas para tráfico não produziu redução efetiva no comércio ilegal de drogas
  • As abordagens policiais e judiciais são marcadas por viés racial e socioeconômico
  • O gasto público com encarceramento supera largamente os investimentos em prevenção e tratamento

4.2 Eficácia x Custo Social

Apreensões de Drogas no Brasil

Evolução das apreensões de drogas no Brasil. Fonte: Fonte Segura - Fórum Brasileiro de Segurança Pública

A avaliação da eficácia da política atual apresenta um quadro preocupante:

  • O tráfico de drogas corresponde a aproximadamente 4% do PIB brasileiro
  • Apesar do crescente número de prisões, o consumo de drogas continua em ascensão - globalmente, mais de 292 milhões de pessoas usaram drogas em 2022, um aumento de 20% em relação à década anterior
  • O custo social do encarceramento em massa inclui a desintegração familiar, o aumento da reincidência criminal e a perpetuação de ciclos de pobreza
  • O sistema prisional não cumpre seu papel ressocializador, funcionando muitas vezes como "escola do crime"

Impacto econômico: A pesquisa realizada pela Esfera Brasil e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que o tráfico de drogas corresponde a 4% do PIB brasileiro de 2021 - o cálculo considera o valor que seria arrecadado se toda a cocaína que passa pelo Brasil fosse exportada para a Europa.

4.3 A Questão da Saúde Pública

Há uma crescente percepção de que a abordagem prioritariamente criminal é insuficiente:

  • O uso problemático de drogas constitui uma questão de saúde pública que demanda abordagens integradas
  • Apenas uma em cada sete pessoas com transtornos por uso de drogas no mundo recebe tratamento adequado
  • O estigma e a criminalização dificultam o acesso precoce a serviços de saúde
  • A internação compulsória, privilegiada pela Lei 13.840/2019, apresenta eficácia limitada quando não integrada a outras estratégias terapêuticas

5. Perspectivas e Possibilidades de Mudança

5.1 Experiências Internacionais Bem-Sucedidas

Diversos países têm implementado abordagens alternativas com resultados promissores:

  • Portugal descriminalizou o uso de todas as drogas em 2001, redirecionando recursos da repressão para a prevenção e tratamento, com redução nos índices de uso problemático
  • O Canadá legalizou a maconha para uso recreativo em 2018, estabelecendo um mercado regulado com controle de qualidade
  • Uruguai implementou um sistema estatal de produção e distribuição de maconha, buscando enfraquecer o mercado ilegal
  • Suíça desenvolveu programas de prescrição de heroína para dependentes graves, reduzindo drasticamente as mortes por overdose e a criminalidade associada

5.2 Propostas para um Novo Modelo Brasileiro

Com base nas evidências científicas e experiências bem-sucedidas, algumas diretrizes poderiam orientar uma reforma da política de drogas no Brasil:

1. Estabelecimento de critérios objetivos para diferenciação entre usuário e traficante:

  • Definição clara de quantidades específicas para cada substância
  • Consideração de outros elementos contextuais além da quantidade

2. Fortalecimento da abordagem de saúde pública:

  • Ampliação da rede de Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS-AD)
  • Implementação de programas de redução de danos
  • Criação de alternativas terapêuticas diversificadas, reconhecendo que não existe solução única para todos os casos

3. Alternativas ao encarceramento:

  • Implementação efetiva de penas alternativas para pequenos traficantes
  • Criação de Tribunais de Tratamento de Drogas para Famílias
  • Desenvolvimento de programas de justiça restaurativa

4. Prevenção baseada em evidências:

  • Programas de prevenção nas escolas com abordagem científica e não moralista
  • Fortalecimento de redes de proteção para adolescentes em situação de vulnerabilidade
  • Campanhas de informação precisas e livres de estigma

5.3 O Primeiro Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (Planad)

Em 2022, o Brasil implementou seu primeiro Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, que traz alguns avanços:

  • Criação do Sistema Nacional de Prevenção às Drogas (Sinap)
  • Integração de boas práticas em um plano de ação de combate ao tráfico
  • Valorização de tratamento humanizado com foco na reinserção social
  • Abordagem intersetorial, envolvendo áreas de saúde, segurança, assistência social e educação

Inovação: O primeiro e mais importante eixo do Planad, o da prevenção, cria o Sistema Nacional de Prevenção às Drogas (Sinap). É uma plataforma com identificação e mapeamento dos principais focos de consumo no país para direcionar as ações de prevenção.


6. Conclusão: Por uma Política Humanizada e Eficaz

A análise da evolução da política criminal brasileira sobre drogas entre 2007 e 2025 revela um cenário complexo e contraditório. Se por um lado houve avanços na compreensão do fenômeno como questão de saúde pública, por outro, persistem abordagens punitivas que resultam em encarceramento em massa, afetando desproporcionalmente populações vulneráveis.

Os dados apresentados demonstram que a política atual produz custos sociais e econômicos expressivos, sem resultados proporcionais na redução do consumo e tráfico. A criminalização sem critérios objetivos contribui para a superlotação prisional e a discriminação socioeconômica, enquanto falha em proporcionar prevenção eficaz e tratamento adequado.

Uma política de drogas verdadeiramente eficaz e humana deve fundamentar-se em evidências científicas, respeito aos direitos humanos e compreensão das dimensões sociais, econômicas e de saúde do problema. A distinção clara entre usuários e traficantes, a priorização de estratégias de prevenção e tratamento, e a busca por alternativas ao encarceramento constituem caminhos promissores para mitigar os danos causados tanto pelo uso problemático de drogas quanto por políticas públicas inadequadas.

O momento atual, marcado pelo confronto entre a decisão do STF pela descriminalização da maconha para uso pessoal e a reação legislativa expressa na PEC 45/2023, evidencia a necessidade de um amplo debate social informado por dados e livre de moralismos. Apenas assim será possível avançar para uma política criminal sobre drogas que promova saúde, justiça e bem-estar social.


Referências

  1. Brasil. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Planalto
  2. Brasil. Lei nº 13.840, de 5 de junho de 2019. Planalto
  3. PEC 45/2023. Altera o art. 5º da Constituição Federal. Senado Federal
  4. Secretaria Nacional de Políticas Penais. Levantamento de Informações Penitenciárias. Gov.br
  5. Relatório Mundial sobre Drogas 2024 do UNODC. UNODC
  6. Brasil tem o primeiro plano nacional de políticas sobre o uso e o combate às drogas. Gov.br
  7. STF define 40 gramas de maconha como critério para diferenciar usuário de traficante. STF
  8. Um em cada três presos do país responde por tráfico de drogas. G1
  9. Percepções de famílias de baixa renda sobre o uso de drogas. SciELO
  10. Guerra às drogas consumiu R$ 3,7 bilhões de SP em 2023. G1

segunda-feira, 7 de abril de 2025

CASAS DE HIP HOP DE SP: A CULTURA e o Acesso ao Direito PULSA AQUI. Estrutura real da Politica Pública.

A Recepção: Onde Tudo Começa

Pode entrar, a casa é sua. Sinta a energia assim que você pisa aqui. Não é só um balcão de informação, é o ponto de encontro. O lugar onde as ideias começam a circular, onde a comunidade se reconhece antes mesmo de entrar nas salas. Aqui você pega as informações que precisa, descobre o que tá rolando, se conecta. É a porta de entrada não só para o espaço físico, mas para o universo que ele representa. Respire fundo, a jornada está só começando.

Pronto(a) pra seguir?

O Berço da Rima e do Beat: Salas de Oficinas e Estúdios

Agora, feche os olhos e ouça... Consegue escutar? É o som da criação. A batida começando tímida num computador, o scratch ensaiado num toca-discos, a voz buscando a rima certa, o clique da lata de spray sendo testada. Estas são as salas de oficinas e os estúdios.

É aqui que o conhecimento circula livremente. Jovens e veteranos trocando ideia, aprendendo e ensinando os segredos do Rap, do DJing, do Breaking, do Bbox, da Produção Musical e da Produção Visual. É o Hip Hop em estado bruto, sendo lapidado pela prática, pela troca, pela paixão. A mágica acontece aqui, no fazer.

Daqui, a criatividade flui para onde? Para o corpo e para a expressão coletiva...

A Pista Ferve: Espaços de Ensaio

Sente o chão tremer um pouco? É aqui que a energia explode. Nos espaços de ensaio, o corpo fala, a voz ecoa, o ritmo comanda.

Imagine crews de Breaking desafiando a gravidade, testando movimentos, suando a camisa em busca da sequência perfeita. Pense nos MCs formando cyphers espontâneas, afiando rimas, batalhando com respeito. Visualize os DJs concentrados nos toca-discos, aperfeiçoando cortes e colagens. Ouça os Bboxers criando universos sonoros apenas com a boca.

O ensaio é o laboratório, a preparação, o momento de errar e acertar juntos. É a força coletiva do Hip Hop em pura manifestação.

Mas a expressão não para no corpo e na voz... ela também colore o mundo.

Tela Infinita: O Espaço do Graffiti

Agora, imagine paredes que antes eram cinzas ganhando cores, formas, mensagens. Sinta o cheiro característico do spray no ar. Este é o território do Graffiti. Mais que um espaço físico, é a celebração da arte que transforma a paisagem urbana.

Aqui, artistas experimentam técnicas, compartilham visões, ensinam e aprendem. É onde a identidade visual do Hip Hop ganha força, onde a cidade se torna uma galeria a céu aberto, começando pelas paredes da própria Casa. É a expressão que marca presença, que dialoga com o cotidiano, que grita em silêncio.

E quando essa arte toda, do som, do corpo e do visual, encontra o público?

O Palco é Nosso: Espetáculos e Mostras

As luzes focam, o microfone está quente, a batida envolve a todos. Chegamos ao coração pulsante da Casa: o espaço de apresentações. Sinta a expectativa no ar, a conexão entre artista e público. É aqui que tudo converge.

Pocket shows que incendeiam a noite, batalhas de rima que testam a agilidade mental, apresentações de dança que hipnotizam, mostras que exibem o talento da comunidade, happenings que surpreendem. A Casa de Hip Hop é palco para quem tem o que dizer e mostrar. É a nossa cultura viva, vibrante, compartilhada. É a celebração do que somos.

Mas para celebrar o presente e construir o futuro, precisamos olhar para trás...

Raízes e Futuro: Centro de Memória e Biblioteca

Aqui, o tempo parece desacelerar um pouco. Respire fundo e sinta o peso da história. Este é o Centro de Memória e Biblioteca Audiovisual. Imagine estantes guardando não só livros, mas discos de vinil que contam histórias, CDs que marcaram épocas, artigos, TCCs, documentários que registraram nossa caminhada.

É o acervo da nossa luta, da nossa arte, da nossa gente. Um espaço para pesquisar, estudar, se inspirar e, principalmente, para não esquecer. Porque honrar nossas raízes é o que nos dá força para seguir em frente. Conhecimento é poder, e memória é identidade.

A IMPORTANCIA DA CULTURA NA SOCIEDADE PAULISTANA

PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO MÊS DE HIP HOP 2024

RESPOSTA DA SECRETARIA DA CULTURA REFERENTE O MÊS DE HIP HOP 2023

ESPORTE BREAKING COM POLÍTICA PÚBLICA

Plano de negócios para umempreendimento de Breaking

POLITICAS DE HIP HOP SP

DROGRA JWH-18 K

DROGADIÇÃO

CONFERÊNCIA LIVRE POPULAR DOS MOVIMENTOS CULTURAIS SP