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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
DIREITO É ALGO QUE NÃO SE ABRE MÃO.
SEMANA DE HIP HOP MUNICIPAL NÃO PODE SER DE CIMA PARA BAIXO E SIM HORIZONTAL A PARTIR DO MOVIMENTO HIP HOP. DIREITO É ALGO QUE NÃO SE ABRE MÃO.
recomendado ao Poder Executivo o cumprimento do
previsto na Lei Municipal n. 14.485, de 19 de julho de 2007, no que se refere à
regulamentação para a realização anual da Semana Hip Hop no município de São Paulo.
LIX - segunda quinzena de março:
a Semana do Hip Hop, incluindo obrigatoriamente o dia 21 de março,
quando se comemora o Dia Internacional de Luta Contra a
Discriminação Racial, devendo as comemorações referidas neste
inciso contar com representantes do movimento Hip Hop, em suas
quatro manifestações: o Break, o Graffit, o DJ e o Bboys; ativistas de
organizações não-governamentais que desenvolvam trabalhos sociais
voltados para o combate ao racismo; e alunos da rede municipal de
ensino, podendo ser estendidas aos demais munícipes,
compreendendo, entre outras, atividades culturais que divulguem o
Hip Hop e que desenvolvam a compreensão sobre o papel da
juventude afro-brasileira e da periferia, rompendo preconceitos e
idéias estereotipadas, e os Poderes Executivo e Legislativo deverão
envidar esforços no sentido de colaborar com os representantes
do Movimento Hip Hop e organizações não-governamentais que
tratam da luta anti-racismo, na organização e realização das
atividades que compõem o evento;
(...)
Art. 11. O Poder Executivo regulamentará a presente lei, no que
couber, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua
publicação.
Art. 12. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por
conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se
necessário.
Note-se que a Lei é transparente e impositiva ao estabelecer que os Poderes Executivo e
Legislativo deverão envidar esforços no sentido de colaborar com os representantes do
Movimento Hip Hop na organização e realização das atividades que compõem o evento.
Desse modo, claro está que nos últimos anos o Poder Público, mais especificamente a
Secretaria Municipal de Cultura – órgão responsável pela implementação da política no
Município, descumpriu as determinações da legislação vigente, ao esquivar-se da
organização e realização de evento(s) público(s) na Semana do Hip Hop, ao não
colaborar com os representantes do movimento na organização e ao não prever rubrica
orçamentária para o cumprimento da lei.
forumhiphopeopoderpublico.blog spot.com
recomendado ao Poder Executivo o cumprimento do
previsto na Lei Municipal n. 14.485, de 19 de julho de 2007, no que se refere à
regulamentação para a realização anual da Semana Hip Hop no município de São Paulo.
LIX - segunda quinzena de março:
a Semana do Hip Hop, incluindo obrigatoriamente o dia 21 de março,
quando se comemora o Dia Internacional de Luta Contra a
Discriminação Racial, devendo as comemorações referidas neste
inciso contar com representantes do movimento Hip Hop, em suas
quatro manifestações: o Break, o Graffit, o DJ e o Bboys; ativistas de
organizações não-governamentais que desenvolvam trabalhos sociais
voltados para o combate ao racismo; e alunos da rede municipal de
ensino, podendo ser estendidas aos demais munícipes,
compreendendo, entre outras, atividades culturais que divulguem o
Hip Hop e que desenvolvam a compreensão sobre o papel da
juventude afro-brasileira e da periferia, rompendo preconceitos e
idéias estereotipadas, e os Poderes Executivo e Legislativo deverão
envidar esforços no sentido de colaborar com os representantes
do Movimento Hip Hop e organizações não-governamentais que
tratam da luta anti-racismo, na organização e realização das
atividades que compõem o evento;
(...)
Art. 11. O Poder Executivo regulamentará a presente lei, no que
couber, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua
publicação.
Art. 12. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por
conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se
necessário.
Note-se que a Lei é transparente e impositiva ao estabelecer que os Poderes Executivo e
Legislativo deverão envidar esforços no sentido de colaborar com os representantes do
Movimento Hip Hop na organização e realização das atividades que compõem o evento.
Desse modo, claro está que nos últimos anos o Poder Público, mais especificamente a
Secretaria Municipal de Cultura – órgão responsável pela implementação da política no
Município, descumpriu as determinações da legislação vigente, ao esquivar-se da
organização e realização de evento(s) público(s) na Semana do Hip Hop, ao não
colaborar com os representantes do movimento na organização e ao não prever rubrica
orçamentária para o cumprimento da lei.
forumhiphopeopoderpublico.blog
Revolta dos Malês 24 e 25 de Janeiro de 1835.
Hauçás, Nupes e outros povos islamizados tornaram-se comuns entre os escravos na Bahia, especialmente a partir de volumosos desembarques de cativos de fala Ioruba no século XIX. As origens desses escravizados muçulmanos podem estar relacionadas ao contexto próprio das áreas interioranas da Baía de Benin e à jihad do Xeque Usman dan Fordio (morto em 1817), fundador do Califado de Sokoto, promovendo o islamismo militante através de sua cultura de leitura e escrita . Revoltas PELA TOMADA DE PODER foram realizadas pelos Malês a partir de 1807 até 1935, constituídas sempre de uma ampla rede que se comunicava com outros estados como o Rio de Janeiro
LUIZA MAHIN foi trazida da Costa da Mina (Nagô de Nação), que foi o principal ponto de partida de africanos escravizados durante o século XVIII e início do século XIX. Quitandeira e escrava de ganho, Mahin NUNCA SE SUBMETEU AO CATIVEIRO e vivia na condição de liberta na época da insurreição. “Pagã, pois sempre recusou o batismo e a doutrina cristã” participou também da Sabinada no Rio Janeiro em 1937 (movimento que proclama uma república provisória em repúdio ao poder monárquico central) sendo deportada para África. Segundo seu filho, Solano Trindade, era o último registro do qual tinha conhecimento sobre sua mãe, da qual dizia ter a cor de um preto retinto e sem lustro, “tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida e vingativa”, ERA UMA REVOLUVIONÁRIA “impaciente, irrequieta e INCAPAZ DE CONFORMAR-SE COM SITUAÇÕES DE INJUSTIÇA”.
Dos 1500 pretos no processo revolucionário em 1837, 70 tombaram. Alguns foram exilados, mortos ou escravizados pelo arbítrio dos tribunais brancos. Insurgiram-se contra a sociedade baiana cristã e escravista em busca de poder político na forma de cidadania e da libertação de nosso povo apontando um caminho, o da INSURREIÇÃO.
Mahin é sinônimo de luta e de resistência do povo preto
Minha Mãe
MALÊS
“é aminhã, Luiza Mahin falô”
Ouve-se nos cantos a conspiração
vozes baixas sussurram frases precisas
escorre nos becos a lâmina das adages
Multidão tropeça nas pedras
Revolta
há revoada de pássaros
sussurro, sussurro:
“é amanhã, é amanhã.
Mahin falou,” é amanhã”
A cidade toda se prepara
Malês
bantus
geges
nagôs
vestes coloridas resguardam esperanças
aguardam a luta
Arma-se a grande derrubada branca
a luta é tramada na língua dos Orixás
”‘é aminhã, é aminhã”
sussurram
Malês
bantus
geges
nagôs
Era mui bela e formosa,
Era a mais linda pretinha,
Da adusta Líbia rainha,
E no Brasil pobre escrava!
Oh, que saudades que eu tenho
Dos seus mimosos carinhos,
Quando c‘os tenros filhinhos –
Ela sorrindo brincava.
Éramos dois — seus cuidados,
Sonhos de sua alma bela;
Ela a palmeira singela,
Na fulva areia nascida.
Nos roliços braços de ébano.
De amor o fruto apertava,
E à nossa boca juntava
Um beijo seu, que era a vida.
[...]
Os olhos negros, altivos,
Dois astros eram luzentes;
Eram estrelas cadentes
Por corpo humano sustidas.
Foram espelhos brilhantes
Da nossa vida primeira,
Foram a luz derradeira
Das nossas crenças perdidas.
[...]
Tinha o coração de santa,
Era seu peito de Arcanjo,
Mais pura n‘alma que um Anjo,
Aos pés de seu Criador.
Se junto à cruz penitente,
A Deus orava contrita,
Tinha uma prece infinita
Como o dobrar do sineiro,
As lágrimas que brotavam,
Eram pérolas sentidas,
Dos lindos olhos vertidas
Na terra do cativeiro.
Solano Trindade
LUIZA MAHIN foi trazida da Costa da Mina (Nagô de Nação), que foi o principal ponto de partida de africanos escravizados durante o século XVIII e início do século XIX. Quitandeira e escrava de ganho, Mahin NUNCA SE SUBMETEU AO CATIVEIRO e vivia na condição de liberta na época da insurreição. “Pagã, pois sempre recusou o batismo e a doutrina cristã” participou também da Sabinada no Rio Janeiro em 1937 (movimento que proclama uma república provisória em repúdio ao poder monárquico central) sendo deportada para África. Segundo seu filho, Solano Trindade, era o último registro do qual tinha conhecimento sobre sua mãe, da qual dizia ter a cor de um preto retinto e sem lustro, “tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida e vingativa”, ERA UMA REVOLUVIONÁRIA “impaciente, irrequieta e INCAPAZ DE CONFORMAR-SE COM SITUAÇÕES DE INJUSTIÇA”.
Dos 1500 pretos no processo revolucionário em 1837, 70 tombaram. Alguns foram exilados, mortos ou escravizados pelo arbítrio dos tribunais brancos. Insurgiram-se contra a sociedade baiana cristã e escravista em busca de poder político na forma de cidadania e da libertação de nosso povo apontando um caminho, o da INSURREIÇÃO.
Mahin é sinônimo de luta e de resistência do povo preto
Minha Mãe
MALÊS
“é aminhã, Luiza Mahin falô”
Ouve-se nos cantos a conspiração
vozes baixas sussurram frases precisas
escorre nos becos a lâmina das adages
Multidão tropeça nas pedras
Revolta
há revoada de pássaros
sussurro, sussurro:
“é amanhã, é amanhã.
Mahin falou,” é amanhã”
A cidade toda se prepara
Malês
bantus
geges
nagôs
vestes coloridas resguardam esperanças
aguardam a luta
Arma-se a grande derrubada branca
a luta é tramada na língua dos Orixás
”‘é aminhã, é aminhã”
sussurram
Malês
bantus
geges
nagôs
Era mui bela e formosa,
Era a mais linda pretinha,
Da adusta Líbia rainha,
E no Brasil pobre escrava!
Oh, que saudades que eu tenho
Dos seus mimosos carinhos,
Quando c‘os tenros filhinhos –
Ela sorrindo brincava.
Éramos dois — seus cuidados,
Sonhos de sua alma bela;
Ela a palmeira singela,
Na fulva areia nascida.
Nos roliços braços de ébano.
De amor o fruto apertava,
E à nossa boca juntava
Um beijo seu, que era a vida.
[...]
Os olhos negros, altivos,
Dois astros eram luzentes;
Eram estrelas cadentes
Por corpo humano sustidas.
Foram espelhos brilhantes
Da nossa vida primeira,
Foram a luz derradeira
Das nossas crenças perdidas.
[...]
Tinha o coração de santa,
Era seu peito de Arcanjo,
Mais pura n‘alma que um Anjo,
Aos pés de seu Criador.
Se junto à cruz penitente,
A Deus orava contrita,
Tinha uma prece infinita
Como o dobrar do sineiro,
As lágrimas que brotavam,
Eram pérolas sentidas,
Dos lindos olhos vertidas
Na terra do cativeiro.
Solano Trindade
domingo, 5 de janeiro de 2014
PROPOSTA DO FORUM DE HIP HOP MUNICIPAL SP PARA SEMANA DE HIP HOP 2014
Ao
Secretário de Cultura da cidade de São Paulo.
Sr.
Juca Ferreira
Proposta
do FÓRUM DE HIP HOP MUNICIPAL SP para Semana de HIP HOP
2014.
10
ANOS DE RESISTÊNCIA NEGRA E PERIFÉRICA DAS RUAS PARA A CULTURA EM
MOVIMENTO
Nossa
proposta marca e busca a efetivação definitiva da LEI
SEMANA DO HIP HOP LEI MUNICIPAL 14485/2007, uma
politica pública que transcende o universo das artes e pauta se na
garantia de direitos constitucionais: cultura, saúde, educação
entre outros direitos da pessoa humana, porque esta inserida na luta
contra o racismo, também ela revela os e as atores culturais
periféricos.
Temos
como o indicativo a parceria entre poder público e sociedade, desde
que o movimento hip hop seja ator.
O
escopo do projeto 10 ANOS DE RESISTÊNCIA NEGRA E
PERIFÉRICA: DAS RUAS PARA A CULTURA EM MOVIMENTO
é realização de diálogos durante toda a semana de 16 à 22 de
março, referente a questões de “Gênero” com apresentação da
artista transexual angolana Titica, “Promoção de cidadania” com
rapper português Valete ou Arianna Puello da Espanha, “Violência
Urbana” mcs ou estadunidenses Public Enemy, Dead Press e Immortal
Technique, “Aborto” com porto riquenhos Calle 13 ou cubanos Las
Krudas, “Cultura hip hop e religião” para busca de difusão do
hip hop e o entendimento politico da garantia de direitos na cidade
de São Paulo.
Haverá
um mix de apresentações dos artistas internacionais com diversos
artistas do movimento hip hop da cidade de São Paulo não no centro,
mas sim em sete pontos da região periférica paulistana.
RAZÕES
PARA TEMÁTICA DA SEMANA DE HIP HOP 2014
Os
últimos 10 anos foram anos de avanços, recuos e descontinuidades
para o movimento Hip Hop. A ascensão de governos progressistas na
América Latina, o desmonte da agenda social promovida na Europa
frente as crises cíclicas do capital e seus efeitos nos países em
desenvolvimento (BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul) são uma pequena amostra da realidade concreta colocada aos
excluídos da periferia. A melhoria, quase geral, no país quanto aos
indicadores sociais não foram suficientes para amenizar a exclusão
histórica produzida pelo processo de abolição brasileiro. O acesso
das novas tecnologias, partindo do advento da Internet, ampliou a
capacidade de comunicação e reintegração do discurso da exclusão.
Nesses 10 anos o Hip Hop, considerando as diferentes etapas e
caminhos de seus elementos, segue instrumentalizando um discurso
sócio histórico dos efeitos da diáspora negra.
A
realidade “nua e crua” é descrita através da crônica das
periferias deste grande centro urbano que é São Paulo. Rompendo com
a idealização que a cultura de massas visa imprimir, os samplers,
as rimas, os murros e o corpo seguem disputando os valores, não só
com a indústria cultural como também com toda a sociedade. O Hip
Hop, na cidade de São Paulo, assim como no país, é uma conquista
do ponto de vista de resistência ao conservadorismo que permeia toda
uma sociedade que foi forjada pela ideologia de poucos e que resiste
à constituição da base da República democrática de direitos.
O
Fórum de Hip Hop MSP visa explorar essa faceta significativa da
produção cultural da cidade de São Paulo buscando transmitir à
sociedade as perspectivas, vivências e potências do movimento no
mundo. A realidade vivida pelo movimento, buscando agenciar
coletivos, conquistar espaços e ampliar as possibilidades de
potência de vida de seus participantes é a aposta na luta pela
garantia de direitos, é a cidadania cultural forjando a cidadania
plena. Considerando que o Estado é o responsável por viabilizar a
infraestrutura para que as pessoas tenham a possibilidade de
desenvolver seu potencial humano, segue-se a disputa com a
agenda neoliberal inserida na micropolítica do estado de São Paulo,
agenda essa que inviabiliza o acesso pleno à cultura.
O
que tem a nos dizer os Estados Unidos, onde o Movimento Negro obteve
grandes avanços quanto aos direitos civis e o Hip Hop obteve uma
permeabilidade positiva na indústria cultural, mas onde uma minoria
negra na sociedade é uma vastidão nos presídios, e centenas de
milhares de latinos são deportados ano a ano? E a Espanha, onde a
agenda neoliberal vem desmontando dia a dia as conquistas de um
modesto Estado de Bem Estar Social, e o povo começa a assistir o fim
de uma disputa territorial de quase meio século?
HISTÓRIA
DE LUTA PARA EFETIVAÇÃO DA LEI SEMANA DE HIP HOP NA CIDADE DE SÃO
PAULO.
O
Fórum Hip Hop Municipal, da cidade de São Paulo é um espaço
aberto de diálogo entre pessoas, posses, grupos e integrantes do
movimento Hip Hop da cidade de São Paulo.
Desde agosto de 2005, o fórum,
representado por mais de trinta coletivos de Hip Hop de diversas
regiões da cidade, tem se reunido para discutir políticas públicas
de juventude a partir das demandas do Movimento Hip Hop
baseadas em 8 eixos temáticos definidos nos primeiros encontros:
1.Difundir o Hip Hop
2.Elaborar políticas públicas de
juventude
3.Inserir o Hip Hop como tema
transversal da educação
4.Combater a discriminação de
gênero
5.Organizar uma agenda do Hip Hop na
cidade
6. Combater
a discriminação racial
7. Atuar
contra a violência policial
8. Geração
de emprego e renda.
A Semana do Hip Hop é uma conquista
da juventude negra da cidade de São Paulo, desde meados da década
de 1990, vem reivindicando junto ao legislativo municipal a inclusão
das manifestações do Hip Hop no calendário de eventos da cidade.
Em 2004 a lei municipal 13.924 instituiu a Semana do Hip Hop. Embora
aprovada e sancionada pelo Poder Executivo Municipal não entrou
efetivamente em vigor, pois, os governos conservadores Serra-Kassab
se recusaram a cumprir a normativa. Após intensas mobilizações
do Fórum Hip Hop Municipal, a Semana do Hip Hop foi
incluída na Consolidação de datas comemorativas, eventos e
feriados da cidade de São Paulo - LEI MUNICIPAL 14485/2007. Ainda
assim a lei não foi cumprida pelos prefeitos de plantão, em 2008 o
Fórum participou de audiência pública sobre orçamento na Câmara
de Vereadores e pediu inclusão de rubrica orçamentária para a
execução da referida lei, mas o prefeito Kassab congelou os
recursos financeiros, como último recurso do Estado Democrático de
Direito, o Fórum Hip Hop em julho de 2010 ingressou com uma
representação na Promotoria de Justiça do Patrimônio
Público e Social do Estado de São Paulo, finalmente em outubro do
mesmo ano a prefeitura dignou-se em prever recursos da ordem de
100 mil Reais para a execução da Semana do Hip Hop, conforme acordo
junto ao Ministério Público.
SEMANA DO HIP HOP LEI MUNICIPAL
14485/2007:
LIX - segunda quinzena de março:
A Semana do Hip Hop, incluindo
obrigatoriamente o dia 21 de março, quando se comemora o Dia
Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial, devendo as
comemorações referidas neste inciso contar com representantes do
movimento Hip Hop, em suas quatro manifestações: o Break, o
Graffit, o DJ e o B. boys; ativistas de organizações
não-governamentais que desenvolvam trabalhos sociais voltados para o
combate ao racismo; e alunos da rede municipal de ensino, podendo ser
estendidas aos demais munícipes, compreendendo, entre outras,
atividades culturais que divulguem o Hip Hop e que desenvolvam a
compreensão sobre o papel da juventude afro-brasileira e da
periferia, rompendo preconceitos e idéias estereotipadas, e os
Poderes Executivo e Legislativo deverão envidar esforços no sentido
de colaborar com os representantes do Movimento Hip Hop e
organizações não-governamentais que tratam da luta anti-racismo,
na organização e realização das atividades que compõem o evento.
PROPOSTA INICIAL DE ORÇAMENTO
local
|
ESTRUTURA
|
VALOR
|
ZONA SUL
|
APRESENTAÇÃO,
OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO
ELEMENTOS
|
R$ 43.950,00
|
ZONA NORTE
|
APRESENTAÇÃO,
OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO
ELEMENTOS
|
R$ 43.950,00
|
ZONA LESTE
|
APRESENTAÇÃO,
OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO
ELEMENTOS
|
R$ 43.950,00
|
CENTRO
|
APRESENTAÇÃO,
OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO
ELEMENTOS
|
R$ 43.950,00
|
ZONA OESTE
|
APRESENTAÇÃO,
OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO
ELEMENTOS
|
R$ 43.950,00
|
ZONA NORTE
|
APRESENTAÇÃO,
OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO
ELEMENTOS
|
R$ 43.950,00
|
FINAL CENTRO
|
APRESENTAÇÃO,
OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO
ELEMENTOS
|
R$ 43.950,00
|
|
|
|
TOTAL
|
|
R$ 307.650,00
|
ORÇAMENTO
POR ATIVIDADE
RECURSO HUMANOS
AÇÃO
|
UNIDADE
|
VALOR
|
TOTAL
|
DEBATEDORES
|
04
|
R$ 400,00
|
R$ 1.200,00
|
ALIMENTAÇÃO
|
01
|
R$ 250,00
|
R$ 250,00
|
PROJETOR
|
02
|
R$ 200,00
|
R$ 400,00
|
NOTEBOOK
|
02
|
R$ 200,00
|
R$ 400,00
|
DOCUMENTÁRIO
|
01
|
R$ 500,00
|
R$ 500,00
|
PRODUTOR CULTURAL
|
10
|
R$ 300,00
|
R$ 3.000,00
|
FOTOGRÁFO
|
01
|
R$ 500,00
|
R$ 500,00
|
VIDEO MARKER
|
01
|
R$ 500,00
|
R$ 500,00
|
PROJETO COMUNICAÇÃO
|
01
|
R$ 2.000,00
|
R$ 2.000,00
|
KIT SOM ALUGUEL
MIC, CABOS, MESA, POTENCIA E CAIXAS
|
01
|
R$ 1.200,00
|
R$ 1.200,00
|
APRESENTAÇÕES
|
|
|
|
RAP
|
03
|
R$ 2.000,00
|
R$ 6.000,00
|
MC BATALHA
|
04
|
R$ 250,00
|
R$ 1.000,00
|
BREAAK BATALHA
|
02
|
R$ 2.000,00
|
R$ 4.000,00
|
BEATS BATALHA
|
04
|
R$ 250,00
|
R$ 1.000,00
|
INTERNACIONAL
|
01
|
R$ 20.000,00
|
R$ 20.000,00
|
OFICINAS
|
|
|
|
DJ
|
01
|
R$ 500,00
|
R$ 500,00
|
MC
|
01
|
R$ 500,00
|
R$ 500,00
|
BREAK
|
01
|
R$ 500,00
|
R$ 500,00
|
GRAFFITTI
|
01
|
R$ 500,00
|
R$ 500,00
|
TOTAL
|
|
|
R$ 43.950,00
|
TOTAL: 07 EVENTOS X
R$ 43.950,00 = R$ 307.650,00
PLANO DE COMUNICAÇÃO
CRIAR LOGO DO EVENTO.
10 mil flyers
5 mil folders
500 A3
Mais informações:
Blog Fórum Hip Hop MSP
Contato:
Rapper Pirata
Fone- 55
*NEGRO
-
Considerando que o Hip Hop difere do movimento negro tradicional e
que "O termo 'preto', difundido pelos adeptos do Hip Hop, é a
adoção traduzida de 'black', palavra utilizada por décadas pelo
movimento negro estadunidense. Já a rejeição que eles fazem do
'negro' deve-se ao fato de que nos Estados Unidos esta palavra
origina-se de 'nigger', termo que lá tem um sentido pejorativo",
e que esse 'preto' é uma categoria que responde por todo ser
marginalizado, o que extrapola a fase vanguardista do movimento
negro.
ZONA
SUL
CEU
VILA DAS BELEZAS
CEU
VILA RUBI
CEU
TRES CORAÇÔES
CEU
PARELHOS
ZONA
LESTE
CEU
INACIO MONTEIRO
CEU
JAMBEIRO
ZONA
NORTE
CJJ
CEU
JAÇANÂ
ZONA
OESTE
CEU PQ ANHAGUERA
CEU PQ ANHAGUERA
CEU
PERUS
CENTRO
PRAÇA
DAS ARTES
FINAL
ANHANHANGABAÚ
REPÚBLICA
sábado, 4 de janeiro de 2014
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
A MÚSICA DA JUVENTUDE PRETA VIVA, NÃO PODE SER BRANCA FÚNEBRE.
Rapper Pirata
A música de enfrentamento dos atabaques está presente em nossa
consciência, ela iniciou-se em há 100 anos na Serra da Barriga,
estado de Alagoas, o som dela perturba os opressores do povo
brasileiro, porque ela tem o ritmo de marcha por tambores. Para nós descendentes daqueles quilombolas, o ritmo de cada batida no coro do
tambor nos dá a sensação de estarmos sempre prontos para lutar de
cabeça erguida e também para amparar os outros que são abatidos
pelos assassinos sociais da elite ariana brasileira. Durante anos
mantemos como referencia histórica e de vida um desses heróis que
lutaram contra a forma de estado da época, que tinha os seus
construtores e trabalhadores pretos como inimigos, seu nome é Zumbi.
Um herói que em razão de sua ousadia foi decapitado e mostrado em
praça pública para mostrar o poder e a forma de justiça que se
perpetuaria nessa nação, a que tem os pobres, pretos e periféricos
como inimigos.
O fato do programa JUVENTUDE VIVA ter sido pensado para enfrentar a
questão do extermínio da população negra jovem, que até podemos
analisar como uma forma de combate ao racismo cultuado na sociedade
brasileira, qual é regida em sua carta magna a obrigação do estado
enfrenta lo. A discussão referente ao extermínio, tem como
principio de identificar e eliminar o racismo epidêmico via
instituições governamentais. Esse é o gargalo do programa, porque
todos sabem qual é a causa desse alto índice estatísticos do mapa
da violência do Brasil, exemplificando: O estado de Alagoas tem 19
pretos mortos para cada um branco morto. Se houver seriedade na
garantia de vida de jovens pretos, pobres e periféricos que o
programa se propõe, será necessário uma ação contra esse mal
diretamente que se tem o diagnostico que são agentes públicos de
segurança. Os promotores desse extermínio são agentes do estado
representados pela instituição polícia, esses que agem com
violência contra a juventude periférica, a mando e vistas grossas
dos administradores políticos de prefeituras e governos estaduais.
Os candidatos que projetam suas imagens no mito da segurança pública
com a intenção de suas permanências nas cadeiras públicas em
eleições, eles também usam esse drama para esconderem suas
articulações subterrâneas com o dinheiro público de transferência
para contas de famílias e empresas, as que pagam suas campanhas com
a mensagem que o jovem preto, pobre e periférico são inimigo
públicos da classe média, então são veiculados como bandidos por
várias formas de mídias pelo país.
O projeto que vem sendo apresentado para sociedade brasileira
mostra-se tímido ou melhor ele não responsabiliza os mandantes e
nem os agentes que desrespeitam a leis constitucionais. Esses que
barbarizam e aterrorizam os bairros pobres das cidades do país. Para
não enfrentar esse problema, o programa inverte a mensagem de sua
publicidade culpando as vitimas por perpetuarem a tal de cultura de
violência, em locais que a presença do estado sempre é armada.
O projeto tornou um caça níquel de políticas públicas que
durante anos não são efetivadas? Ele conseguirá criar a rede de
proteção social somente pela via de marketing? Ele conseguirá
respostas concretas no cotidiano das pessoas que são alijadas de
direitos básicos? Perguntas que os articuladores do programa evitam
responder, porque sabem o que se tem que fazer, portanto, estão
amarrados por interesses não revelados, que podem até ser
eleitoreiros porque o investimento em campanhas tem como margem de
50% da verba do programa.
Então o estado brasileiro mesmo com um programa de JUVENTUDE que
foi uma conquista do movimento negro e com o foco principal da luta
contra o racismo, manterá o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e
Periférica, porque os genocidas sabem que existem brechas jurídicas
para ficarem impunes administrando as instituições e governos.
Esses sabem que violar as regras de direitos humanos não os
responsabilizam em nada, porque eles mesmo criam regras que criminalizam os pobres para justificar suas ações contra os
ancestrais de ZUMBI.
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