Fórum Hip Hop MSP
São Paulo, 08 de outubro
O orçamento da Prefeitura de São Paulo para 2025, que inclui rubricas para políticas de hip hop, mantém-se somente no Território Hip Hop, que teria a função vocacional e tem o valor de R$ 1.060.000,00 e no Mês do Hip Hop com o valor de R$ 3.420.000,00, que teria a função de promoção e difusão das políticas de hip hop na cidade de forma descentralizada e participativa, o que revela a continuidade da estagnação nas políticas públicas voltadas para o movimento Hip Hop. O Fórum Hip Hop MSP desde 2017 percebe iniciativas de grupos que assumem o Núcleo de Hip Hop, que hoje também está desorganizado, eles vêm reduzindo os eventos de formas pontuais, sem a transparência e o impacto necessários para promover mudanças significativas nas comunidades periféricas.
Território Hip Hop Centralizado
O Território Hip Hop, que deveria funcionar como um programa de formação contínua e inclusão social, foi transformado em uma mera política de eventos. Essa mudança esvaziou seu propósito original de criar oportunidades para jovens e artistas das periferias, afastando-se dos objetivos de geração de trabalho e renda através da cultura. Também há o agravante de fazer os artistas fazerem as ações sem condições técnicas algumas, obrigado os arcarem com os materiais como: latas de grafite, mesa de som, pick ups etc,,,
Desafios do Mês do Hip Hop
O Mês do Hip Hop não atende às demandas reais do movimento. As determinações são realizadas em encontros em gabinetes sem a publicidade garantida constitucionalmente em diversos artigos, na busca da isonomia de participação real, e um diálogo entre poder executivo municipal e sociedade representada no movimento paulistano. Esse é um princípio do estado brasileiro que responsáveis pelo Núcleo do Hip Hop da Secretaria de Cultura desconhecem, assim vão agindo para desmobilizar e desconstruir a estrutura das políticas culturais de hip hop da cidade. A falta de envolvimento de artistas e coletivos nas decisões de execução das atividades, somada à ausência de transparência no uso dos recursos públicos, limita sua eficácia. O Mês de Hip Hop eles vão executando durante o ano, algo que tem em seu escopo um mês, assim determinado em lei.. As ações realizadas não refletem a diversidade e a profundidade do Hip Hop real da periferia paulistana na cidade.
Em suma, a análise do orçamento evidencia uma tentativa superficial de apoiar a cultura Hip Hop, substituindo projetos impactantes por ações temporárias que não atendem às necessidades reais das comunidades periféricas. Para que o movimento recupere seu papel transformador, é essencial promover maior fiscalização, participação popular para resgatar políticas públicas que realmente fomentem a difusão cultural e o desenvolvimento social através do Hip Hop.
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