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quinta-feira, 22 de março de 2018

Execução orçamentária de projetos de cultura hip hop será tema de Audiência

André Bueno/CMSP
Leis de cultura Hip Hop foram discutidas na Comissão de Educação
LETÍCIA VIOLA
DA REDAÇÃO
Nesta quarta-feira (21/3) a Comissão de Educação, Cultura e Esportes recebeu um requerimento para Audiência Pública referente à execução orçamentária de projetos de cultura Hip Hop.
Questionando os acordos não cumpridos pelo Executivo no ano passado, como o mês do Hip Hop; Território Hip Hop, Reforma e Ampliação das Casas de Hip Hop na Zona Sul, entre outros –, o Fórum Hip Hop MSP pediu uma Audiência com a presença de todos os secretários envolvidos na questão orçamentária, entre eles o secretário de Cultura André Sturm, o secretário de Governo Julio Francisco Semeghini Neto, o secretário de Educação Alexandre Schneider, além da Defensoria Pública e os Ministérios Público de São Paulo e o Federal.
O vereador Eduardo Suplicy (PT) trouxe o pedido à Comissão e, durante a discussão, a vereadora Janaína Lima (PSDB) solicitou que a Audiência Pública fosse transformada em um requerimento de informação. O que gerou debate.
“O que eu ponderei dentro da Comissão é a importância de ouvirmos o outro lado. Da mesma forma como o movimento teve a faculdade, a possibilidade de ser ouvido e acolhido pela nossa Comissão, que a gente desse a oportunidade para que os gestores das pastas envolvidas prestassem os esclarecimentos por escrito”, disse.
O vereador Toninho Vespoli (PSOL) foi contrário à sugestão. “A princípio eu fui contrário porque quando é requerimento de informação geralmente o governo tem 60 dias para responder e, pelo relato do documento, o governo e os representantes dos rappers tinham três reuniões marcadas e que foram desmarcadas em cima da hora, sem diálogo. Ou seja, o movimento já está a todo esse tempo sem respostas. Vai ficar mais 60 dias?”, questionou.
“Primeiro eu coloquei a demanda do rapper Pirata a respeito de todo movimento Hip Hop de São Paulo porque estava programado uma série de contratos, havia verbas destinas à Secretaria da Cultura e Secretaria da Educação para a realização de eventos do movimento Hip Hop. Entretanto, isso não está sendo devidamente cumprindo pela Prefeitura e por essas secretarias”, disse.
O vereador conta que após diálogo entre os vereadores membros da Comissão, as perguntas serão avaliadas e encaminhadas aos secretários para que eles possam responder no prazo máximo de 15 dias.
“Uma vez respondidas, vamos promover uma nova reunião sobre o tema já com as respostas necessárias e também utilizá-las como objeto de diálogo com o movimento Hip Hope. Por isso foi decido em consenso entre nós”.
Eliseu Gabriel (PSB), presidente da Comissão, disse que se não houver nenhuma resposta ou se ficar pouco claro o que foi respondido “nós vamos aceitar a proposta de fazer uma Audiência Pública”.
Ainda durante a reunião, o requerimento 2/2018, de autoria do vereador Arselino Tatto (PT), também ganhou parecer favorável.
No documento, Tatto relata que em 2017 a receita resultante de impostos teve um aumento superior a R$ 3 bilhões e, mesmo com o crescimento de receita, o percentual destinado à manutenção e desenvolvimento do ensino foi inferior ao ano de 2016.
Em 2016 foram 28,57%, e em 2017 a destinação foi de 27,32%. O petista pede que a Casa encaminhe à Secretaria Municipal da Fazenda e à Secretaria Municipal de Educação um pedido de esclarecimento em relação à projetos, programas e atividades que foram afetados com os cortes.
“Nós queremos, por meio desse requerimento de informações, que a Secretaria informe e explique o que está acontecendo. Porque verba a Câmara aprovou e não está sendo investido. No meu entendimento isso é um descaso com a  educação da cidade de São Paulo”.

Prêmio Sabotage 2018 homenageia artistas do Hip Hop

André Bueno/CMSP
Prêmio Sabotage homenageou artistas que se destacaram no cenário rapper
LETÍCIA VIOLA
DA REDAÇÃO
Considerando a importância do Hip Hop no processo de inclusão social, musical e cultural e a sua inserção junto aos jovens na cidade de São Paulo, a Câmara Municipal recebeu nesta terça-feira (20/3) a 4ª edição do Prêmio Sabotage. A noite foi conduzita pelo rapper Pirata, do Fórum Hip Hop.
André Bueno/CMSP
Soninha
O evento reconhece o significado do rapper como protagonista no cenário cultural e musical, e busca reconhecer o trabalho de artistas que se destacam neste cenário.
Descoberto pelos Racionais MC’s, o Maestro do Canão, como era conhecido, nasceu na periferia da Zona Sul de São Paulo, no dia 3 de abril de 1973, e encontrou no rap a saída do mundo do crime.
O músico teve uma trajetória rápida e intensa. Assassinado em 24 de janeiro de 2003, Sabotage deixou apenas o disco “Rap é compromisso”. Seu segundo projeto, que havia iniciado antes de sua morte, foi finalizado e lançado – com a ajuda da família e amigos – em 2016, 13 anos após o ocorrido.
“A gente queria fazer duas coisas. Uma era trazer o Hip Hop pra dentro da Casa para que as pessoas conhecessem melhor, começando pela própria Casa e seus parlamentares. Parece que não, mas em 2005 não era tão conhecido o significado desse segmento, então a gente queria trazê-lo, que fosse respeitado solenemente, além de homenagear um dos seus grandes expoentes”, explica a vereadora Soninha, proponente da iniciativa.
André Bueno/CMSP
Pepeu
A Comissão dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude, responsável pela premiação, recebeu 51 inscrições para as quatro categorias: melhor DJ, MC, grafiteiro e b-boy, que homenageiam os quatro elementos que formam a cultura Hip Hop.
A Comissão Julgadora 2018 foi formada por Cleber Cesar Santos (DJ Cleber), Clayton Igidio da Rocha (CBDance29), Luís Carlos de Matos Lorena (Pepeu), Luiz Fernando Lacerda da Silva (Luiz Fernando Prod) e Osmir Pereira Belo (Mano Osmir).
Para Pepeu, membro da Comissão, não existe uma competição porque o Hip Hop é um trabalho de união, uma ferramenta de construção, mas, segundo ele, o julgamento aconteceu de forma coerente.
André Bueno/CMSP
Eduardo Suplicy
“A gente procurou fazer algo muito justo, um resultado muito patente, e todos vieram elogiar dizendo que tanto os indicados como os vencedores foram fantásticos, bem escolhidos. Ficamos muito contentes com o resultado”, afirma.
No evento, também esteve presente o vereador Eduardo Suplicy (PT), que deixou um recado de agradecimento a vereadora autora da inciativa. “Acho formidável que a vereadora Soninha tenha organizado este evento, inclusive o Prêmio Sabotage que tem um significado enorme para todos os jovens do Brasil”, diz.
André Bueno/CMSP
Wanderson Sabotinha
O vereador aproveitou o evento para relembrar o caso da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson, assassinados na última terça-feira (14/3). O filho do rapper, Wanderson, conhecido como Sabotinha, falou sobre a noite em que viu a notícia.
“Quando eu vi passar na televisão, eu me lembrei do que ocorreu com meu pai há 15 anos. Quando eu saio de casa, pelo fato de ser negro e “favelado”, sou vítima disso também. Nós temos que mostrar por meio da música que o rap não é o crime e que não traz violência. Eles estarão sempre presentes”, afirma.
André Bueno/CMSP
Tamires
Tamires, também filha do rapper, pediu um minuto de silêncio após discursar sobre o caso. “Quero lembrar que toda música, voz ou luta são eternas. Recentemente perdemos uma das grandes vozes da nossa geração, Marielle. E como mulher, ser humano, não posso deixar de registar, ela foi assinada assim como meu pai, vítima de uma violência sociocultural que deve acabar”.
Ainda segundo Tamires, é uma prazer participar do prêmio desde a sua primeira edição. “É uma honra presentear as pessoas que estão no dia a dia lá fora com seus projetos de Hip Hop, seja no grafite, seja como DJ, MC. Participar disso é muito importante para nós. Com certeza se meu pai estivesse vivo, ele estaria de cabeça nesse projeto”.
André Bueno/CMSP
Souto MC
Conheça os vencedores do Prêmio Sabotage 2018
Melhor Disk Jockey (DJ): Michelle Russo Dorotheia (DJ Leona) – “Essa premiação é sinônimo de união,fortalecimento, incentivo à cultura e a arte, e isso é muito importante dentro do contexto do Hip Hop em memória do Sabotage. Mas, além disso, devido realmente à parte motivacional”.
Melhor Mestre de Cerimônia (MC): Caroline Souto de Oliveira (Souto MC) – “O Sabotage desde sempre foi uma influência muito grande para mim,  e receber esse prêmio hoje é de uma dimensão que eu não consigo mensurar neste momento. É de grande honra e responsabilidade. Quero fazer jus a isso”.
André Bueno/CMSP
Dinas Miguel
Melhor Grafiteiro: Ednei Miguel (Dinas Miguel)
“Eu acho que isso não é uma competição, acredito que é uma celebração de tudo que acontece, de todas essas pessoas que a gente comunga, participa da mesma união. Acho que o fortalecimento de um é o fortalecimento de todos. Juntos a gente pode conseguir trilhar muito mais longe”.



André Bueno/CMSP
Chileno
Melhor Dançarino (Break): José Carlos Barroso (Chileno) – “Agradeço a quem escreveu meu nome. Eu acredito muito em sonhos, e não podemos desistir, temos que insistir, correr atrás dos nossos objetivos e conseguir aquilo que desejamos”.
O prêmio teve sua primeira edição realizada em 2015 e acontece anualmente na Câmara Municipal de São Paulo.


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