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terça-feira, 26 de outubro de 2010

SOBRE O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE

Brasil : 3° lugar no assassinato de jovens entre 84 países;
Jovens negros têm um índice de vitimação 85,3% superior aos jovens brancos;
Enquanto as taxas de homicídios entre os jovens aumentaram de 30,0 para 51,7 (por 100.000 jovens) no período de 1980 a 2004, neste mesmo período as taxas de homicídio para o restante da população diminuíram de 21,3 para 20,8 (por 100.000 habitantes);
A faixa etária em que ocorre um significativo aumento no numero de homicídios é a de 14 a 16 anos
(Fonte: Mapa da Violência 2004)


Estado Genocida com a roupagem de Estado de direito
“A ciência seria supérflua se ficasse apenas na aparência dos fenômenos” (Marx)
(“Aos nossos que se foram vítimas do Estado genocida”)

“Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” Art 5º, III da Constituição Federal
GENOCÍDIO: Tentativa de, ou destruição, total ou parcial de grupo nacional, étnico, racial ou religioso; crime contra a humanidade. (Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa)

No caso brasileiro entendemos que o Estado pratica o genocídio justamente porque tem como seu alvo grande parte da população da classe trabalhadora e que sem dúvida a juventude negra é o grupo “privilegiado” a sentir as conseqüências do Estado genocida.
Entendemos que no caso específico o que torna o Estado brasileiro genocida é justamente uma política orquestrada, articulada entre esses elementos: repressão direta com ausência de políticas públicas combinadas com a gestão da força de trabalho para quem está inserido em algum tipo de emprego e controle social das pessoas que estão fora do mercado formal de trabalho e que pertencem ao grupo alvo do Estado.
Quando falamos de política de repressão estamos resgatando a ação da polícia, braço armado do Estado que pratica o ato da eliminação física por meio das armas, defendem o patrimônio, a propriedade burguesa, despejam pelo uso da força famílias que não tem para onde ir, consolidam grupos de extermínios etc.
A violência policial é um dos pilares da política de repressão, entendemos que toda ação que não garantem direitos e que constroem barreiras para os oprimidos em defesa da propriedade privada mantém esta política.
As formas de discriminação, o racismo, a homofobia, o machismo e quaisquer outras formas que mantém o preconceito também integram o processo de repressão, todas essas ações integradas são responsáveis por um grande número de mortes que ocorrem no país.
Saindo do âmbito da repressão direta nós nos deparamos com outro fator que também levam parte da população a determinados tipos de morte: a ausência de políticas públicas.
Talvez para quem tem acesso aos meios de satisfação das necessidades básicas estranharam esse ponto ou não entenderam a reflexão, mas para quem sofre com essas ausências de políticas isso se constitui num fator de alta vulnerabilidade que pode levar a morte. Estamos falando de desemprego em massa, de pessoas que passam fome, daquela grande parte da população que vive nas ruas, daquelas pessoas que morrem por doenças que poderiam ser evitadas se existissem programas sérios de saúde pública nas periferias, estamos falando de grande parte da população que não tem acesso ao básico, logo todas essas ausências estão intrinsecamente articuladas num projeto mais amplo de repressão que tem como alvo grande parcela da população, especificamente a juventude negra que é a população que está sendo mais atingida.
É com este entendimento que o fórum de hip hop São Paulo irá promover de forma periódica seminários “Contra o genocídio da juventude”, tentando entender as diversas faces deste projeto que culmina no genocídio, nesta primeira edição iremos tratar da violência contra a mulher nos detendo na temática específica da “situação da mulher presa”, uma vez que o encarceramento em massa constituída por esse estado penal é uma das formas da política de repressão que mantém o controle social de determinado grupo social: negros e pobres, desde a adolescência que são alvos de discussão do projeto de redução da idade penal até os adultos que são alvos de projetos de pena de morte sempre em pauta no poder legislativo.
Nós que fazemos parte dessa população, alvo deste Estado genocida, temos que nos defender de forma coletiva, não podemos ficarmos tranqüilos aguardando a nossa vez, temos que questionar essas políticas.
Para isso não basta dizer que o Estado é criminoso e querer julgá-lo com seus instrumentos, isso não resolve a questão, é sabido que a própria origem do Estado é criminosa, ele nasce cometendo crimes, dizimando povos, fazendo a guerra, ou seja, praticando o genocídio no contexto do modo de produção capitalista em expansão.
Sendo assim, convocamos o hip hop, movimentos sociais, movimentos de defesa de direitos, a juventude negra, pesquisadores e todas as pessoas que se opõem a tais práticas genocidas a fortalecerem e incorporarem essa discussão.

São Paulo, outubro de 2010

Wellington Lopes Góes Ativista do Fórum de Hip Hop São Paulo e Força Ativa
fantasmasvermelhos@hotmail.com
www.myspace.com/fantasmasvermelhos

terça-feira, 19 de outubro de 2010

HIP HOP CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE

Evento na Câmara Municipal de São Paulo debaterá o encarceramento de mulheres.

O Fórum de Hip Hop Municipal SP promoverá seminário para discutir o encarceramento das mulheres no Brasil. Muita coisa é revelada sobre a precariedade do sistema carcerário no aprisionamento de homens. Entretanto o questionamento que os integrantes do Fórum de Hip Hop Municipal SP fizeram durante a organização deste evento é com relação a esse sistema masculinizado que é precário no atendimento aos homens e que fica muito distante em atender necessidades básicas da mulher.
Nos presídios temos a abstração do machismo, inserido na sociedade brasileira, visivelmente e sensivelmente concreto, seja na vestimenta ou na ação de secretarias de seguranças com politicas de negação de visitas intimas.

As maiores reclamações dessas mulheres, retiradas do convívio em sociedade pela justiça, estão relacionadas a dois tópicos chaves:
Estrutura física do sistema penitenciário. Existem 31 mil mulheres presas em locais com capacidade para 16 mil, conforme dados do DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional);
Não garantia de direitos básicos, em busca da reinserção a sociedade, como, por exemplo, maternidade, relações familiares, saúde e sexualidade. Além do acesso aos utensílios de extrema necessidade, como sabonetes, xampus, papel higiênico, absorventes, entre outros.

O genocídio da juventude, especificamente das mulheres, começam antes da atuação do sistema prisional. Ainda mais com a despolitização de assuntos sérios em torno da sexualidade e da saúde pública, como, aborto e métodos contraceptivos para prevenção de doenças e gravidez indesejada.

Este seminário será realizado no dia 05 de novembro, das 19h às 22h, na Câmara Municipal de São Paulo. O evento esta dentro da programação do Hip Hop Filmes, série de encontros promovidos pelo Fórum de Hip Hop Municipal SP. Neste dia o coletivo fará uma homenagem a uma das maiores rappers do cenário nacional, Dina Dee, falecida em março deste ano, após complicações no parto.

Serviço:
Seminário: Hip Hop contra genocídio da juventude – Encarceramento e outras questões femininas.
Local: Câmara Municipal de São Paulo
Data: 05/11/2010
Horário: das 19h às 22h

Participações:
Mediação: Preta Soul (Fórum de Hip Hop Municipal SP)
Movimento Hip Hop: Luana (Livre Ameaça e Fórum H2O Mulher)
Kenarik Boujikian Felippe (Associação Juízes para a Democracia)
Soraia (Assistente Social)
Representante do Núcleo Carcerário da Defensoria Pública
Apresentação da MC Lauren

Fórum Hip Hop Municipal SP
Criado em 2005 é um espaço e canal de diálogo entre os jovens do Movimento Hip Hop e as representações da administração pública municipal com objetivo de discutir políticas públicas e criar critérios públicos que direcionem a relação entre o poder público e os jovens, garantindo que não haja privilégios de uns em detrimento de outros setores.

Os encontros e discussões do Fórum ocorrem a partir de 8 eixos temáticos:
Difundir o Hip Hop
Elaborar políticas públicas de juventude
Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação
Combater a discriminação de gênero
Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade
Combater a discriminação racial
Atuar contra a violência policial
Debater geração de emprego e renda

Imprensa:
André Luiz dos Santos (Rapper Pirata)
Fone: 11 8216 2160
rapperpirata@gmail.com
Mtb:41831/SP
Geraldo Brito
Fone: 11 9556 1766
geraldoreportagem@yahoo.com.br
Mtb: 49219/SP

Informações: forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com

domingo, 12 de setembro de 2010

Semana do Hip Hop: movimentos pedem respostas para as secretarias municipais

SÁBADO, 21 DE AGOSTO DE 2010

Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente realizou audiência para tratar do tema


Instituir a Semana do Hip Hop no calendário de eventos da cidade foi o tema da audiência pública da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da criança, do Adolescente e da Juventude nesta sexta-feira (20/08).

Diversos movimentos reivindicaram no encontro a aplicação da Lei Municipal 14.185/2007. De acordo com o eles, em 2010 não houve o evento, por isso o integrantes solicitaram o debate, para garantir que em 2011 o orçamento conte com dotações para a sua realização. O fórum entrou com uma representação contra a Prefeitura para aplicação da Lei.

“A Semana do Hip Hop é muito importante, pois é um momento de debate e reflexões, com intuito de combater o racismo e apresentar as manifestações artísticas. Temos de cobrar o poder executivo.”disse o rapper Pirata.

O representante da Coordenadoria da Juventude, Antonio Carlos de Freitas Júnior, apresentou diversas atividades municipais que incluíram o hip hop ao longo do ano. Freitas enfatizou que “a secretaria de Participação e Parceria quer sim construir políticas públicas aliadas ao movimento.”



Diante dos anseios, o representante da Secretaria de Cultura Thiago de Amorim Saraiva comentou que é intenção da pasta apoiar a semana bem como as políticas sociais e artísticas do movimento. “A secretaria está aberta para o diálogo a fim de pensar em alternativas para semana. Queremos realizar o evento no próximo ano.”



A vereadora Sadra Tadeu (DEM), que comandou o encontro, reforçou a preocupação dos vereadores da Comissão para que se chegue a um acorde junto ao movimento. A ideia é que a semana seja realizada anualmente, que tenha orçamento, e não seja realizada somente através de emenda parlamentar.



“Vamos marcar uma audiência com o secretário de Cultura para finalizar isso. Saber se vai ter ou não vai ter. A partir do momento que esse assunto tiver uma rubrica no orçamento não tem mais como voltar atrás”, finalizou a parlamentar.

fonte:http://votoconscientesp.blogspot.com/search/label/Hip%20Hop

sábado, 11 de setembro de 2010



O MACHISMO PAULISTANO GENOCÍDA.

Rapper Pirata

O número de jovens que estão sendo encarcerados assusta, pior é por razão do pensar de gestão pública do estado, eles são presos por trafico de drogas entre outros problemas, que são causado por problemas familiares, financeiros ou depressivos. Hoje eles aumentam o consumo de droga e sobrevivem no escuro mundo corrupto, se sujeitando as mais bárbaras violências.
Não podemos ignorar também a estratégia financeira de fazer o Brasil ser um grande mercado de consumidor de drogas lícitas ou ilícitas, para manterem a circulação financeiras de risco, que é o mercado obscuro da mercadoria droga. Assim o estado faz o seu combate violentamente contra vidas pobres, justificando-se ser necessário, um disfarce perfeito para manterem a ideologia do genocio dos pretos e pobres brasileiros. Ele tem até intelectuais, políticos, juristas e secretários de segurança pública preparados para negar a omissão do estado teoricamente em academias, suas falas, ações e teses confirmam que não os problemas sociais que necessitam de soluções sociais, assim tratam o garotos e a garotas de nove anos como monstros, forma simplista de justiça para os anseios da sociedade.
A impressão que a grande mídia e a classe media alienada querem é; Que matem todas as pessoas que moram nas ruas e na periferias, para manterem o estado de brancos limpos.
Diversas pessoas não refletem o que está acontecendo a milhões de brasileiros, porque não seus filhos. Porem, quando um deles caem na teia da estratégia do genocídio, já há clinicas de recuperação, advogados e juízes preparados para garantir suas vidas e imagem de cidadãos de bem, que são assassinos.
Um dos fenômenos no aumentando das estáticas é a da prisão de diversas mulheres e garotas, sejam por razão do consumo ou a venda da droga. Muitas são as mães que terão que encontrar respostas financeiras para fome de seus filhos, por amarem seus companheiros, para ostentar o consumo que são obrigadas, sustentar o vício e entre outros. Pior que o estado não esta preparado para abrigar as jovens e as mulheres em Prisão Casa, delegacias e penitenciárias, porque a estrutura é somente para resposta ao machismo. Infelizmente o dito cadeia é para homem é uma verdade. Essa é uma das formas concretas do machismos impregnado no sistema opressor racista, branco, familiar, violento brasileiro.
Buscaremos juntos refletir essa situação e entender como o hip hop pode tornar-se uma das ferramentas para as vítimas gritarem e orientarem outros mudarem o ritmo de suas historias.

A IMPORTANCIA DA CULTURA NA SOCIEDADE PAULISTANA

PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO MÊS DE HIP HOP 2024

RESPOSTA DA SECRETARIA DA CULTURA REFERENTE O MÊS DE HIP HOP 2023

ESPORTE BREAKING COM POLÍTICA PÚBLICA

Plano de negócios para umempreendimento de Breaking

POLITICAS DE HIP HOP SP

DROGRA JWH-18 K

DROGADIÇÃO

CONFERÊNCIA LIVRE POPULAR DOS MOVIMENTOS CULTURAIS SP