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terça-feira, 19 de abril de 2016

Um ano depois, parentes lembram chacina da Pavilhão 9 e pedem justiça

  • 18/04/2016 21h34
  • São Paulo
Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Para lembrar os oito mortos na chacina da Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians, e cobrar justiça, parentes das vítimas, integrantes da torcida e de coletivos e movimentos sociais fizeram um ato hoje (18) no início da noite na Praça da Sé, no centro da capital paulista. A chacina ocorreu há um ano.
No protesto, os manifestantes estenderam fotos e faixas e escreveram mensagens no chão com os dizeres “Justiça para Todos”. No microfone, lembraram os nomes de todos os mortos na chacina.
Mãe e viúvas
“Estou aqui pela injustiça. Está fazendo um ano hoje. Até agora não vi nada. Para mim está parado. O que quero é justiça. Tenho certeza de que ele [o filho] não volta mais, mas quero justiça”, disse Joselita Maria Neves, 62 anos, mãe de Fábio Neves Domingos, um dos mortos na chacina. “A Justiça de Deus não é falha, mas a da terra é. Estou desacreditada. Mas vou lutar até o fim da minha vida”, acrescentou.
Joselita chorou e disse que o filho foi apontado pela mídia como o motivo para a ocorrência da chacina. Na época do crime, policiais disseram a jornalistas que Fábio era o alvo do crime por dívida de drogas e que o fato de ter recebido mais tiros que os demais mortos comprovava essa tese. A mãe nega e diz que se o filho fosse o alvo, os criminosos não teriam atacado as outras vítimas na sede da organizada.
“Disseram que os outros morreram por causa do meu filho e isso dói muito para uma mãe. Estou aqui para pedir justiça. Meu filho era um menino trabalhador. Até hoje ninguém provou nada”, disse, muito emocionada.
Milena Maia do Prado, 64 anos, mãe de outra vítima da chacina, Ricardo Junior Leonel do Prado, também foi ao ato na Praça da Sé para pedir justiça. “As autoridades não fizeram nada. Quero justiça porque todos que morreram eram inocentes. Ninguém devia nada para ninguém. Meu filho era trabalhador e não voltou mais para casa. Ele não era bandido, era trabalhador”, disse, chorando.
Lana Batista, 26 anos, viúva de Mydras Schmidt, disse que no dia da chacina o marido passou rapidamente pela sede da Pavilhão 9, onde ocorria um churrasco. “O Mydras amava o Corinthians, mas ia vez ou outra em jogos. Porém, a influência dele na torcida era baseada mais no carnaval, porque ele era cantor e compositor do bloco da Pavilhão 9. Nesse dia, ele ia cantar e passou por lá rapidamente, tanto é que falei com ele uns 20 minutos antes e ele já ia sair para cantar em outro lugar. Ele vivia da música e era isso que sustentava a gente”, contou.
“É complicado aceitar que estou vivendo isso e que outras famílias também estejam. Independente deste caso, tem outros acontecendo e que são esquecidos por envolverem policiais e sermos pobres. Isso é lamentável. Eu não durmo, tenho dois filhos, perdi minha casa”, lamentou.
Outra vítima da chacina foi Mateus Fonseca de Oliveira, filho de Roseli Maria Fonseca, 41 anos. Segundo ela, no dia da chacina, o filho tinha ido à Pavilhão 9  pintar uma bandeira da torcida. “O que soubemos é que, naquele dia, houve festa entre eles, churrasco e futebol, e que muitos policiais ficaram rondando o local. Esperaram que o local ficasse vazio e, quando viram que tinham poucos lá dentro, invadiram para fazer isso. Tiraram a vida dos outros a troco de nada. Todos os meninos lá eram trabalhadores. Meu menino era trabalhador. Me mandou mensagem dizendo que tinha saído do serviço para ir lá pintar a bandeira para o jogo no domingo”, contou.
Roseli disse que seu filho era quem a ajudava no sustento da casa. “Esse ano para mim foi muito difícil. Tenho três filhos pequenos e não estou trabalhando e quem me ajudava em casa era o Mateus, que era o único que trabalhava. Ele era o meu braço forte em casa. Aconteceu tudo isso e fiquei sem chão e sem poder trabalhar porque é muita coisa com a qual você tem que ficar correndo atrás.”
A chacina
A chacina da Pavilhão 9 ocorreu no dia 18 de abril do ano passado. Por volta das 23h, três pessoas armadas entraram na sede da torcida organizada do Corinthians. Doze torcedores estavam no local quando os criminosos chegaram. Quatro conseguiram fugir, mas os demais foram obrigados a se ajoelhar e, depois, a deitar no chão. Todos foram executados. Sete morreram no local e um, no hospital.
Duas pessoas foram presas acusadas pela chacina: o policial militar Walter Pereira da Silva Junior, que também é investigado por participação em uma chacina ocorrida em Carapicuíba; e Rodney Dias dos Santos, ex-policial militar. Silva Junior foi solto em dezembro por falta de provas. Santos continua preso no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste da capital. O terceiro participante da chacina ainda não foi identificado pela investigação policial.
Edição: Luana Lourenço

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-04/um-ano-depois-parentes-lembram-chacina-da-pavilhao-9-e-pedem-justica
PAVILHÃO NOVE EM ATO RAP DE UM ANO CONTRA OS CRIMES DA CHACINA DO DIA 18 DE ABRIL DE 2015.

RAPPER PIRATA

Ontem segunda feira, 18/04/2016, na Praça da Sé da cidade de São Paulo, em frente a igreja foi colocado um carro de som e diversas faixas Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica em protesto contra as falhas na apuração dos crimes ocorrido na quadra da torcida Pavilhão Nove, que era localizada debaixo da Ponte Vila do Remédios. Lá houve oito assassinatos de oitos torcedores: André, Du Memo, Edilsinho, Ferraz, Jhow, Markinho, Quadrilha e Mydras.,essa ação fora causada por funcionário público que atuam na policia militar do estado de São Paulo.

Nessa segunda se fez um ano da chacina, a qual policiais estão sendo inocentados pelo promotor Zagallo que defende as instituição do estado e não as vítimas, ele ignora que esses policiais são réus, o promotor tem praticado uma justiça que deixa as familias que são as vitimas o gosto de injustiça em sua garganta.
A Torcida Pavilhão Nove junto com o Forum Hip Hop MSP. Comite Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica , grupo Tortura Nunca Mais junto com os familiares realizaram um protesto que durou quatro horas na busca de justiça.

Houveram alem da falas de protesto, hinos e apresentação de diversos grupos de rap que formam o Forum quanto ao movimento hip hop da cidade de São Paulo.

forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com.br








domingo, 17 de abril de 2016

JORNADA DE LUTAS PERIFÉRICAS

ATA - Reunião sobre o Orçamento da Cultura das Periferias realizada, nesta terça-feira dia 12/04, na Secretaria Municipal de Cultura.

ORGANIZAÇÃO: Movimento Cultural das Periferias e Fórum de Cultura do Hip-Hop MSP.

PRESENTES: aproximadamente 100 artistas periféricxs de todas as regiões da cidade.

PAUTAS:

·         Lei de Fomento às Periferias;
·         Casa do Hip-Hop; Vocacional Hip Hop; Ensino 10639 pelo hip hop
·          Orçamento das Subprefeituras para Programação Cultural em 2016.         
              
O encontro foi aberto pelo Movimento Cultural das Periferias e pelo Fórum do Hip Hop MSP contextualizando em que pé estão as lutas pela aprovação da Lei de Fomento às Periferias e a Construção da Casa de Cultura do Hip Hop. Em seguida, também foi foi feita uma fala sobre em que contexto o recurso de 11 milhões e 300 mil, que deve chegar a subprefeituras para financiamento de programação cultural local de acordo com o IDH, foi adquirido e foram feitas sugestões de como poderá ser pautado (listadas com as demais no ítem "Encaminhamentos").

LEI DE FOMENTO ÀS PERIFERIAS -  Segundo as últimas informações (lei de iniciativa popular que que vem sendo proposta e discutida há 3 anos) a Lei de Fomento às Periferias já virou Projeto de Lei desde o ano passado (PL 624/2015) e segue em tramitação na Câmara Municipal. Já passou pela Comissão de Justiça (desde 07/04) e agora está na Comissão da Adminsitração, sendo que ainda precisa passar pela Comissão de Finanças e Educação e Cultura.

Somente depois de ser aprovada em todas essas comissões, o Executivo poderá apresentar o substitutivo para acelerar o processo de aprovação da lei e abrir para audiências públicas para votação, seguida de assinatura, caso aprovada. Porém, pelos trâmites normais não dará tempo de aprovar antes do processo eleitoral, PORTANTO será necessária muita PRESSÃO POPULAR na Câmara para que consigamos aprovar a Lei antes de Junho. COMO?  Será necessário fazer pressão no Colegiado de Líderes, pois eles tem um mecanismo legal que é enviar os projetos dos Líderes das Comissões para passar pelo Congresso das Comissões e ser votado de uma única vez, essa seria a única forma de conseguir aprovação ainda esse ano. As reuniões desse Colegiado são feitas todas as terças-feiras as 14h.

Leis aprovadas na comissão do orçamento voltadas ao movimento hip hop
Recursos para vocacional de Hip Hop da Secretaria de Cultura;

Recursos para ações de Hip Hop voltadas para a implementação da Lei 10.639/03 da pasta da Scretaria da Educação.  

ORÇAMENTO DAS SUBPREFEITURAS PARA PROGRAMAÇÃO CULTURAL LOCAL - No final de 2015, no período de votação do orçamento para 2016, o Movimento Cultural das Periferias e o Fórum do Hip Hop, emplacaram lutas importantes em diversas frentes e conseguimos garantir orçamento de 14 Milhões para a Lei de Fomento às Periferias e 07 Milhões para o Hip Hop (ampliação de ações e programas e construção das Casas Hip Hop). Entre idas e vindas na Câmara de Vereadores, de quebra, foram mais de 11,3 milhões para as subprefeituras investirem em atividades culturais locais. Este valor será dividido para as Subprefeituras de acordo com o IDH (ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO). Agora cabe à todos nós da cidade discutir e pautar como serão utilizados estes recursos de forma transparente para que de fato ele chegue à população periférica.

ENCAMINHAMENTOS - Após a apresentação e contextualização dessas três pautas, foi aberta a fala para xs artistas presentes. Seguiram aproximadamente 30 falas de 2 minutos cada, todas elas referendando e apoiando a Jornada de Luta das Periferias, aclamadxs pelxs demais presentes. 

A partir dessa prosa, foram tirados os seguintes encaminhamentos para os próxomos dias:
·         Formação de GTs regionais para multiplicar, discutir e organizar  coletivos/artistas locais para pautar o recurso das subprefeituras;
·         Regionalmente, protocolar e solicitar reunião aberta/pública nas 32 subprefeituras para discutir o repasse dos recursos aos coletivos locais. O Modelo da Carta, segue, em anexo neste e-mail e deve ser protocolado por cada grupo organizado na sub repectiva à sua região.
·         GRANDE ATO "JORNADA DE LUTAS PERIFÉRICAS" - ATO pela aprovação imediata da LEI DE FOMENTO ÀS PERIFERIAS; CONSTRUÇÃO DAS CASAS DO HIP-HOP, VOCACIONAL HIP HOP, HIP HOP LEI 10639 e TRANSPARÊNCIA NO REPASSE DA VERBA DAS SUBPREFEITURAS AOS ARTISTAS/COLETIVOS LOCAIS.
 Dia 19/04 (terça-feira)
Concentração às 10h em frente ao Pátio do Colégio
AÇÕES:
·         Coletivamente, protocolar e solicitar audiência pública na SECRETARIA DAS SUBPREFEITURAS para discutir e debater os critérios de uso do repasse dessa verba aos projetos dos grupos locais e a criação de uma portaria para divulgação desse processo (uma das propostas é que essa verba seja distribuída via SMC). Este documento será protocolado coletivamente no ATO da próxima terça-feira.

·         Protocolar, na PREFEITURA, pedido de agilidadade para aprovação da Lei de Fomento às Periferias e encaminhamentos para construção da Casa do Hip-Hop; e manifestar apoio à luta e acampamento do MST que segue em frente a prefeitura desde semana passada;
·         Caminhar em direção ao COLÉGIO DE LÍDERES na Câmara Municipal de SP para protocolar a Lei de Fomento às Periferias no Congresso de Comissões.

·         Tarefa revolucionária - Multiplicar as pautas da JORNADA DE LUTAS PERIFÉRICAS e levar pelo menos mais uma pessoa para o ATO.

OUTRAS TAREFAS
·         Criar GTs regionais de Articulação e Comunicação para difusão dessas pautas;
·         Inciar campanha áudio-visual individuais e coletivas, virtuais e presenciais com a tag:
HADDAD ASSINA A LEI DE FOMENTO À CULTURA DAS PERIFERIAS
PL624/2015
Caso tenha faltado alguma informação, por favor, acrescentem aê!

Até terça-feira, no GRANDE ATO "JORNADA DE LUTAS PERIFÉRICAS" , às 10h no Pátio do Colégio.
Tragam instrumentos !

#‎MovimentoCulturaldasPeriferias #‎ForumHipHopmsp #‎HaddadAssinaaLeideFomentoÀCulturaDasPeriferias


A IMPORTANCIA DA CULTURA NA SOCIEDADE PAULISTANA

PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO MÊS DE HIP HOP 2024

RESPOSTA DA SECRETARIA DA CULTURA REFERENTE O MÊS DE HIP HOP 2023

ESPORTE BREAKING COM POLÍTICA PÚBLICA

Plano de negócios para umempreendimento de Breaking

POLITICAS DE HIP HOP SP

DROGRA JWH-18 K

DROGADIÇÃO

CONFERÊNCIA LIVRE POPULAR DOS MOVIMENTOS CULTURAIS SP