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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

DIREITO É ALGO QUE NÃO SE ABRE MÃO.

SEMANA DE HIP HOP MUNICIPAL NÃO PODE SER DE CIMA PARA BAIXO E SIM HORIZONTAL A PARTIR DO MOVIMENTO HIP HOP. DIREITO É ALGO QUE NÃO SE ABRE MÃO.

recomendado ao Poder Executivo o cumprimento do 
previsto na Lei Municipal n. 14.485, de 19 de julho de 2007, no que se refere à 
regulamentação para a realização anual da Semana Hip Hop no município de São Paulo.

LIX - segunda quinzena de março: 
a Semana do Hip Hop, incluindo obrigatoriamente o dia 21 de março,
quando se comemora o Dia Internacional de Luta Contra a
Discriminação Racial, devendo as comemorações referidas neste
inciso contar com representantes do movimento Hip Hop, em suas
quatro manifestações: o Break, o Graffit, o DJ e o Bboys; ativistas de
organizações não-governamentais que desenvolvam trabalhos sociais
voltados para o combate ao racismo; e alunos da rede municipal de
ensino, podendo ser estendidas aos demais munícipes,
compreendendo, entre outras, atividades culturais que divulguem o
Hip Hop e que desenvolvam a compreensão sobre o papel da
juventude afro-brasileira e da periferia, rompendo preconceitos e
idéias estereotipadas, e os Poderes Executivo e Legislativo deverão
envidar esforços no sentido de colaborar com os representantes
do Movimento Hip Hop e organizações não-governamentais que
tratam da luta anti-racismo, na organização e realização das
atividades que compõem o evento;
(...)

Art. 11. O Poder Executivo regulamentará a presente lei, no que
couber, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua
publicação.

Art. 12. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por
conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se
necessário.

Note-se que a Lei é transparente e impositiva ao estabelecer que os Poderes Executivo e
Legislativo deverão envidar esforços no sentido de colaborar com os representantes do
Movimento Hip Hop na organização e realização das atividades que compõem o evento.
Desse modo, claro está que nos últimos anos o Poder Público, mais especificamente a
Secretaria Municipal de Cultura – órgão responsável pela implementação da política no
Município, descumpriu as determinações da legislação vigente, ao esquivar-se da
organização e realização de evento(s) público(s) na Semana do Hip Hop, ao não
colaborar com os representantes do movimento na organização e ao não prever rubrica
orçamentária para o cumprimento da lei.

forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com

Revolta dos Malês 24 e 25 de Janeiro de 1835.

Hauçás, Nupes e outros povos islamizados tornaram-se comuns entre os escravos na Bahia, especialmente a partir de volumosos desembarques de cativos de fala Ioruba no século XIX. As origens desses escravizados muçulmanos podem estar relacionadas ao contexto próprio das áreas interioranas da Baía de Benin e à jihad do Xeque Usman dan Fordio (morto em 1817), fundador do Califado de Sokoto, promovendo o islamismo militante através de sua cultura de leitura e escrita . Revoltas PELA TOMADA DE PODER foram realizadas pelos Malês a partir de 1807 até 1935, constituídas sempre de uma ampla rede que se comunicava com outros estados como o Rio de Janeiro
LUIZA MAHIN foi trazida da Costa da Mina (Nagô de Nação), que foi o principal ponto de partida de africanos escravizados durante o século XVIII e início do século XIX. Quitandeira e escrava de ganho, Mahin NUNCA SE SUBMETEU AO CATIVEIRO e vivia na condição de liberta na época da insurreição. “Pagã, pois sempre recusou o batismo e a doutrina cristã” participou também da Sabinada no Rio Janeiro em 1937 (movimento que proclama uma república provisória em repúdio ao poder monárquico central) sendo deportada para África. Segundo seu filho, Solano Trindade, era o último registro do qual tinha conhecimento sobre sua mãe, da qual dizia ter a cor de um preto retinto e sem lustro, “tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida e vingativa”, ERA UMA REVOLUVIONÁRIA “impaciente, irrequieta e INCAPAZ DE CONFORMAR-SE COM SITUAÇÕES DE INJUSTIÇA”.
Dos 1500 pretos no processo revolucionário em 1837, 70 tombaram. Alguns foram exilados, mortos ou escravizados pelo arbítrio dos tribunais brancos. Insurgiram-se contra a sociedade baiana cristã e escravista em busca de poder político na forma de cidadania e da libertação de nosso povo apontando um caminho, o da INSURREIÇÃO.
Mahin é sinônimo de luta e de resistência do povo preto
Minha Mãe

MALÊS

“é aminhã, Luiza Mahin falô”
Ouve-se nos cantos a conspiração
vozes baixas sussurram frases precisas
escorre nos becos a lâmina das adages
Multidão tropeça nas pedras
Revolta
há revoada de pássaros
sussurro, sussurro:
“é amanhã, é amanhã.
Mahin falou,” é amanhã”
A cidade toda se prepara
Malês
bantus
geges
nagôs
vestes coloridas resguardam esperanças
aguardam a luta
Arma-se a grande derrubada branca
a luta é tramada na língua dos Orixás
”‘é aminhã, é aminhã”
sussurram
Malês
bantus
geges
nagôs

Era mui bela e formosa,

Era a mais linda pretinha,

Da adusta Líbia rainha,

E no Brasil pobre escrava!

Oh, que saudades que eu tenho

Dos seus mimosos carinhos,

Quando c‘os tenros filhinhos –

Ela sorrindo brincava.

Éramos dois — seus cuidados,

Sonhos de sua alma bela;

Ela a palmeira singela,

Na fulva areia nascida.

Nos roliços braços de ébano.

De amor o fruto apertava,

E à nossa boca juntava

Um beijo seu, que era a vida.

[...]

Os olhos negros, altivos,

Dois astros eram luzentes;

Eram estrelas cadentes

Por corpo humano sustidas.

Foram espelhos brilhantes

Da nossa vida primeira,

Foram a luz derradeira

Das nossas crenças perdidas.

[...]

Tinha o coração de santa,

Era seu peito de Arcanjo,

Mais pura n‘alma que um Anjo,

Aos pés de seu Criador.

Se junto à cruz penitente,

A Deus orava contrita,

Tinha uma prece infinita

Como o dobrar do sineiro,

As lágrimas que brotavam,

Eram pérolas sentidas,

Dos lindos olhos vertidas

Na terra do cativeiro.
Solano Trindade

domingo, 5 de janeiro de 2014

PROPOSTA DO FORUM DE HIP HOP MUNICIPAL SP PARA SEMANA DE HIP HOP 2014



Ao Secretário de Cultura da cidade de São Paulo.
Sr. Juca Ferreira


Proposta do FÓRUM DE HIP HOP MUNICIPAL SP para Semana de HIP HOP 2014.


10 ANOS DE RESISTÊNCIA NEGRA E PERIFÉRICA DAS RUAS PARA A CULTURA EM MOVIMENTO

Nossa proposta marca e busca a efetivação definitiva da LEI SEMANA DO HIP HOP LEI MUNICIPAL 14485/2007, uma politica pública que transcende o universo das artes e pauta se na garantia de direitos constitucionais: cultura, saúde, educação entre outros direitos da pessoa humana, porque esta inserida na luta contra o racismo, também ela revela os e as atores culturais periféricos.
Temos como o indicativo a parceria entre poder público e sociedade, desde que o movimento hip hop seja ator.
O escopo do projeto 10 ANOS DE RESISTÊNCIA NEGRA E PERIFÉRICA: DAS RUAS PARA A CULTURA EM MOVIMENTO é realização de diálogos durante toda a semana de 16 à 22 de março, referente a questões de “Gênero” com apresentação da artista transexual angolana Titica, “Promoção de cidadania” com rapper português Valete ou Arianna Puello da Espanha, “Violência Urbana” mcs ou estadunidenses Public Enemy, Dead Press e Immortal Technique, “Aborto” com porto riquenhos Calle 13 ou cubanos Las Krudas, “Cultura hip hop e religião” para busca de difusão do hip hop e o entendimento politico da garantia de direitos na cidade de São Paulo.
Haverá um mix de apresentações dos artistas internacionais com diversos artistas do movimento hip hop da cidade de São Paulo não no centro, mas sim em sete pontos da região periférica paulistana.


 RAZÕES PARA TEMÁTICA DA SEMANA DE HIP HOP 2014

Os últimos 10 anos foram anos de avanços, recuos e descontinuidades para o movimento Hip Hop. A ascensão de governos progressistas na América Latina, o desmonte da agenda social promovida na Europa frente as crises cíclicas do capital e seus efeitos nos países em desenvolvimento (BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) são uma pequena amostra da realidade concreta colocada aos excluídos da periferia. A melhoria, quase geral, no país quanto aos indicadores sociais não foram suficientes para amenizar a exclusão histórica produzida pelo processo de abolição brasileiro. O acesso das novas tecnologias, partindo do advento da Internet, ampliou a capacidade de comunicação e reintegração do discurso da exclusão. Nesses 10 anos o Hip Hop, considerando as diferentes etapas e caminhos de seus elementos, segue instrumentalizando um discurso sócio histórico dos efeitos da diáspora negra.
A realidade “nua e crua” é descrita através da crônica das periferias deste grande centro urbano que é São Paulo. Rompendo com a idealização que a cultura de massas visa imprimir, os samplers, as rimas, os murros e o corpo seguem disputando os valores, não só com a indústria cultural como também com toda a sociedade. O Hip Hop, na cidade de São Paulo, assim como no país, é uma conquista do ponto de vista de resistência ao conservadorismo que permeia toda uma sociedade que foi forjada pela ideologia de poucos e que resiste à constituição da base da República democrática de direitos.  

O Fórum de Hip Hop MSP visa explorar essa faceta significativa da produção cultural da cidade de São Paulo buscando transmitir à sociedade as perspectivas, vivências e potências do movimento no mundo. A realidade vivida pelo movimento, buscando agenciar coletivos, conquistar espaços e ampliar as possibilidades de potência de vida de seus participantes é a aposta na luta pela garantia de direitos, é a cidadania cultural forjando a cidadania plena. Considerando que o Estado é o responsável por viabilizar a infraestrutura para que as pessoas tenham a possibilidade de desenvolver seu potencial humano, segue-se a disputa com a agenda neoliberal inserida na micropolítica do estado de São Paulo, agenda essa que inviabiliza o acesso pleno à cultura.

O que tem a nos dizer os Estados Unidos, onde o Movimento Negro obteve grandes avanços quanto aos direitos civis e o Hip Hop obteve uma permeabilidade positiva na indústria cultural, mas onde uma minoria negra na sociedade é uma vastidão nos presídios, e centenas de milhares de latinos são deportados ano a ano? E a Espanha, onde a agenda neoliberal vem desmontando dia a dia as conquistas de um modesto Estado de Bem Estar Social, e o povo começa a assistir o fim de uma disputa territorial de quase meio século?
 
HISTÓRIA DE LUTA PARA EFETIVAÇÃO DA LEI SEMANA DE HIP HOP NA CIDADE DE SÃO PAULO.

O Fórum Hip Hop Municipal, da cidade de São Paulo é um espaço aberto de diálogo entre pessoas, posses, grupos e integrantes do movimento Hip Hop da cidade de São Paulo.
Desde agosto de 2005, o fórum, representado por mais de trinta coletivos de Hip Hop de diversas regiões da cidade, tem se reunido para discutir políticas públicas de juventude  a partir das demandas do Movimento Hip Hop baseadas em 8 eixos temáticos definidos nos primeiros encontros:
1.Difundir o Hip Hop
2.Elaborar políticas públicas de juventude
3.Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação
4.Combater a discriminação de gênero
5.Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade
6.       Combater a discriminação racial
7.       Atuar contra a violência policial
8.       Geração de  emprego e renda.

A Semana do Hip Hop é uma conquista da juventude negra da cidade de São Paulo, desde meados da década de 1990, vem reivindicando junto ao legislativo municipal a inclusão das manifestações do Hip Hop no calendário de eventos da cidade. Em 2004 a lei municipal 13.924 instituiu a Semana do Hip Hop. Embora aprovada e sancionada pelo Poder Executivo Municipal não entrou efetivamente em vigor, pois, os governos conservadores Serra-Kassab se recusaram a cumprir a normativa. Após intensas mobilizações do  Fórum Hip Hop Municipal, a Semana do Hip Hop foi incluída na Consolidação de datas comemorativas, eventos e feriados da cidade de São Paulo - LEI MUNICIPAL 14485/2007. Ainda assim a lei não foi cumprida pelos prefeitos de plantão, em 2008 o Fórum participou de audiência pública sobre orçamento na Câmara de Vereadores e pediu inclusão de rubrica orçamentária para a execução da referida lei, mas o prefeito Kassab congelou os recursos financeiros, como último recurso do Estado Democrático de Direito, o Fórum Hip Hop em julho de 2010 ingressou com uma representação na Promotoria de  Justiça do Patrimônio Público e Social do Estado de São Paulo, finalmente em outubro do mesmo ano a prefeitura dignou-se em prever recursos da ordem de 100 mil Reais para a execução da Semana do Hip Hop, conforme acordo junto ao Ministério Público.

SEMANA DO HIP HOP LEI MUNICIPAL 14485/2007:

LIX - segunda quinzena de março:
A Semana do Hip Hop, incluindo obrigatoriamente o dia 21 de março, quando se comemora o Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial, devendo as comemorações referidas neste inciso contar com representantes do movimento Hip Hop, em suas quatro manifestações: o Break, o Graffit, o DJ e o B. boys; ativistas de organizações não-governamentais que desenvolvam trabalhos sociais voltados para o combate ao racismo; e alunos da rede municipal de ensino, podendo ser estendidas aos demais munícipes, compreendendo, entre outras, atividades culturais que divulguem o Hip Hop e que desenvolvam a compreensão sobre o papel da juventude afro-brasileira e da periferia, rompendo preconceitos e idéias estereotipadas, e os Poderes Executivo e Legislativo deverão envidar esforços no sentido de colaborar com os representantes do Movimento Hip Hop e organizações não-governamentais que tratam da luta anti-racismo, na organização e realização das atividades que compõem o evento.

PROPOSTA INICIAL DE ORÇAMENTO

local
ESTRUTURA
VALOR
ZONA SUL
APRESENTAÇÃO, OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO ELEMENTOS
R$ 43.950,00
ZONA NORTE
APRESENTAÇÃO, OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO ELEMENTOS
R$ 43.950,00
ZONA LESTE
APRESENTAÇÃO, OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO ELEMENTOS
R$ 43.950,00
CENTRO
APRESENTAÇÃO, OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO ELEMENTOS
R$ 43.950,00

ZONA OESTE
APRESENTAÇÃO, OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO ELEMENTOS
R$ 43.950,00
ZONA NORTE
APRESENTAÇÃO, OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO ELEMENTOS
R$ 43.950,00
FINAL CENTRO
APRESENTAÇÃO, OFICINAS, VIDEOS, MOSTRAS, DIALOGOS, APRESENTAÇÕES DOS QUATRO ELEMENTOS
R$ 43.950,00



TOTAL

R$ 307.650,00

ORÇAMENTO POR ATIVIDADE 

RECURSO HUMANOS

AÇÃO
UNIDADE
VALOR
TOTAL
DEBATEDORES
04
R$ 400,00
R$ 1.200,00
ALIMENTAÇÃO
01
R$ 250,00
R$ 250,00
PROJETOR
02
R$ 200,00
R$ 400,00
NOTEBOOK
02
R$ 200,00
R$ 400,00
DOCUMENTÁRIO
01
R$ 500,00
R$ 500,00
PRODUTOR CULTURAL
10
R$ 300,00
R$ 3.000,00
FOTOGRÁFO
01
R$ 500,00
R$ 500,00
VIDEO MARKER
01
R$ 500,00
R$ 500,00
PROJETO COMUNICAÇÃO
01
R$ 2.000,00
R$ 2.000,00
KIT SOM ALUGUEL
MIC, CABOS, MESA, POTENCIA E CAIXAS
01
R$ 1.200,00
R$ 1.200,00
APRESENTAÇÕES



RAP
03
R$ 2.000,00
R$ 6.000,00
MC BATALHA
04
R$ 250,00
R$ 1.000,00
BREAAK BATALHA
02
R$ 2.000,00
R$ 4.000,00
BEATS BATALHA
04
R$ 250,00
R$ 1.000,00
INTERNACIONAL
01
R$ 20.000,00
R$ 20.000,00
OFICINAS



DJ
01
R$ 500,00
R$ 500,00
MC
01
R$ 500,00
R$ 500,00
BREAK
01
R$ 500,00
R$ 500,00
GRAFFITTI
01
R$ 500,00
R$ 500,00
TOTAL


R$ 43.950,00

TOTAL: 07 EVENTOS X R$ 43.950,00 = R$ 307.650,00


PLANO DE COMUNICAÇÃO

CRIAR LOGO DO EVENTO.
10 mil flyers
5 mil folders
500 A3


Mais informações:
Blog Fórum Hip Hop MSP

Contato:
Rapper Pirata
Fone- 55




*NEGRO - Considerando que o Hip Hop difere do movimento negro tradicional e que "O termo 'preto', difundido pelos adeptos do Hip Hop, é a adoção traduzida de 'black', palavra utilizada por décadas pelo movimento negro estadunidense. Já a rejeição que eles fazem do 'negro' deve-se ao fato de que nos Estados Unidos esta palavra origina-se de 'nigger', termo que lá tem um sentido pejorativo", e que esse 'preto' é uma categoria que responde por todo ser marginalizado, o que extrapola a fase vanguardista do movimento negro.

ZONA SUL
CEU VILA DAS BELEZAS
CEU VILA RUBI
CEU TRES CORAÇÔES
CEU PARELHOS

ZONA LESTE
CEU INACIO MONTEIRO
CEU JAMBEIRO

ZONA NORTE
CJJ
CEU JAÇANÂ

ZONA OESTE
CEU PQ ANHAGUERA
CEU PERUS

CENTRO
PRAÇA DAS ARTES

FINAL
ANHANHANGABAÚ
REPÚBLICA


460 ANOS DE GENOCÍDIO CONTRA A JUVENTUDE, PRETA E PERIFÉRICA

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A MÚSICA DA JUVENTUDE PRETA VIVA, NÃO PODE SER BRANCA FÚNEBRE.

Rapper Pirata

A música de enfrentamento dos atabaques está presente em nossa consciência, ela iniciou-se em há 100 anos na Serra da Barriga, estado de Alagoas, o som dela perturba os opressores do povo brasileiro, porque ela tem o ritmo de marcha por tambores. Para nós descendentes daqueles quilombolas, o ritmo de cada batida no coro do tambor nos dá a sensação de estarmos sempre prontos para lutar de cabeça erguida e também para amparar os outros que são abatidos pelos assassinos sociais da elite ariana brasileira. Durante anos mantemos como referencia histórica e de vida um desses heróis que lutaram contra a forma de estado da época, que tinha os seus construtores e trabalhadores pretos como inimigos, seu nome é Zumbi. Um herói que em razão de sua ousadia foi decapitado e mostrado em praça pública para mostrar o poder e a forma de justiça que se perpetuaria nessa nação, a que tem os pobres, pretos e periféricos como inimigos.

O fato do programa JUVENTUDE VIVA ter sido pensado para enfrentar a questão do extermínio da população negra jovem, que até podemos analisar como uma forma de combate ao racismo cultuado na sociedade brasileira, qual é regida em sua carta magna a obrigação do estado enfrenta lo. A discussão referente ao extermínio, tem como principio de identificar e eliminar o racismo epidêmico via instituições governamentais. Esse é o gargalo do programa, porque todos sabem qual é a causa desse alto índice estatísticos do mapa da violência do Brasil, exemplificando: O estado de Alagoas tem 19 pretos mortos para cada um branco morto. Se houver seriedade na garantia de vida de jovens pretos, pobres e periféricos que o programa se propõe, será necessário uma ação contra esse mal diretamente que se tem o diagnostico que são agentes públicos de segurança. Os promotores desse extermínio são agentes do estado representados pela instituição polícia, esses que agem com violência contra a juventude periférica, a mando e vistas grossas dos administradores políticos de prefeituras e governos estaduais. Os candidatos que projetam suas imagens no mito da segurança pública com a intenção de suas permanências nas cadeiras públicas em eleições, eles também usam esse drama para esconderem suas articulações subterrâneas com o dinheiro público de transferência para contas de famílias e empresas, as que pagam suas campanhas com a mensagem que o jovem preto, pobre e periférico são inimigo públicos da classe média, então são veiculados como bandidos por várias formas de mídias pelo país.

O projeto que vem sendo apresentado para sociedade brasileira mostra-se tímido ou melhor ele não responsabiliza os mandantes e nem os agentes que desrespeitam a leis constitucionais. Esses que barbarizam e aterrorizam os bairros pobres das cidades do país. Para não enfrentar esse problema, o programa inverte a mensagem de sua publicidade culpando as vitimas por perpetuarem a tal de cultura de violência, em locais que a presença do estado sempre é armada.

O projeto tornou um caça níquel de políticas públicas que durante anos não são efetivadas? Ele conseguirá criar a rede de proteção social somente pela via de marketing? Ele conseguirá respostas concretas no cotidiano das pessoas que são alijadas de direitos básicos? Perguntas que os articuladores do programa evitam responder, porque sabem o que se tem que fazer, portanto, estão amarrados por interesses não revelados, que podem até ser eleitoreiros porque o investimento em campanhas tem como margem de 50% da verba do programa.


Então o estado brasileiro mesmo com um programa de JUVENTUDE que foi uma conquista do movimento negro e com o foco principal da luta contra o racismo, manterá o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica, porque os genocidas sabem que existem brechas jurídicas para ficarem impunes administrando as instituições e governos. Esses sabem que violar as regras de direitos humanos não os responsabilizam em nada, porque eles mesmo criam regras que criminalizam os pobres para justificar suas ações contra os ancestrais de ZUMBI.     

A IMPORTANCIA DA CULTURA NA SOCIEDADE PAULISTANA

PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO MÊS DE HIP HOP 2024

RESPOSTA DA SECRETARIA DA CULTURA REFERENTE O MÊS DE HIP HOP 2023

ESPORTE BREAKING COM POLÍTICA PÚBLICA

Plano de negócios para umempreendimento de Breaking

POLITICAS DE HIP HOP SP

DROGRA JWH-18 K

DROGADIÇÃO

CONFERÊNCIA LIVRE POPULAR DOS MOVIMENTOS CULTURAIS SP