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domingo, 11 de abril de 2010

O HIP HOP EM QUEDA LIVRE

Por Wellington Lopes Góes
Ativista do Núcleo Cultural Força Ativa
MC do grupo Fantasmas Vermelhos
Contato: fantasmasvermelhos@hotmail.com
www.myspace.com/fantasmasvermelhos



O HIP HOP EM QUEDA LIVRE

“O Hip Hop amadureceu tanto que apodreceu” (Dead Prez)

“Certa vez, um nobre homem, imaginou que os seres humanos se afogavam na água apenas por que estavam possuídos pela idéia de gravidade. Se afastassem essa representação da cabeça, por exemplo, esclarecendo-a como uma representação supersticiosa, religiosa, eles estariam livres de todo e qualquer perigo de afogamento. Durante toda a sua vida combateu a ilusão da gravidade, cujas danosas conseqüências todas as estatísticas lhe forneciam novas e numerosas provas Aquele nobre homem era do tipo dos novos filósofos revolucionários alemães.” Karl Marx


Muitos fazem uma leitura rasa sobre o Hip Hop, alguns de forma proposital, outros por falta de informação e certo grupo por opção política de direita, mesmo quando revestido por roupagem de esquerda.

Qual a questão?
Primeiramente ao descreverem como o Hip Hop chega ao Brasil não relacionam com o contexto histórico a nível nacional e internacional.
Para ser mais preciso: falam do Hip Hop isolado de outras questões como simplesmente uma questão cultural em si.

Quais as implicações?
Não entendem a trajetória do Hip Hop caindo assim em constatações imediatistas, errôneas, equivocadas, vazias quando não vulgares.
Há possíveis análises sobre o Hip Hop, até mesmo porque o discurso eclético emanado do pós – modernismo, herdeiros de maio de 68, além de pregar o irracionalismo, também enfatizam a impossibilidade de se chegar a verdade, a compreensão do fenômeno analisado, do real, do mundo, logo a reflexão é deslocada para a percepção individual, para o subjetivismo egoísta onde todos os olhares são possíveis, desde que não parta das distas “condições materiais de produção e reprodução da vida”.

Mas qual é a leitura que fazemos sobre o Hip Hop na nossa percepção enquanto classe oprimida?
A mesma leitura subjetivista que não ajuda entender nada.
Mencionando as mazelas que obstaculizam a compreensão de certo fenômeno social, (no caso o Hip Hop), se quisermos fazer uma leitura na contra corrente, devemos salientar as seguintes problematizações: O Hip Hop chega ao Brasil na década de 1980 período da democratização, “transição feita pelo alto”, “transição transada”.
No primeiro momento como simples forma de entretenimento. Mas logo ganhou novo fôlego, principalmente pela sua proliferação nas periferias, tendo como principal sujeito a juventude preta, que até então estava na invisibilidade, já que o padrão de ser jovem estava associado à classe média dos movimentos estudantis que lutaram contra a ditadura, lembre – se que lutar contra a ditadura não significa uma luta pela revolução.
Essa juventude preta logo começou a questionar a violência policial e o racismo.
Um dos pontos forte que deu um caráter de movimento e organicidade ao hip hop foi a formação das posses.
Essas posses estendiam sua atuação para além dos quatro elementos, podemos definir posse como a união de mc´s, b. boys, DJs e grafiteiros que se agrupavam em coletivos para divulgar o hip hop e realizar atividades comunitárias, intervenções nos bairros periféricos de reflexão por meio de palestras, debates, oficinas, seminários e outras formas de trabalho em espaços como escolas, associações e etc.
As posses possibilitaram novas formas de fazer trabalho politizado sem cair nos vícios do fazer política da época, novo por vim da juventude preta oprimida, que buscavam se organizarem fora das formas clássicas de organização do proletariado como os partidos políticos e sindicatos.
As posses logo se proliferaram nas periferias até a metade da década de 1990.
Entre o final da década de 80 e final da de 1990 foi marcado pela grande ascensão do hip hop ganhando expressão e se massificando, talvez podemos aqui citar como marco o CD dos Racionais mc´s “Sobrevivendo no inferno” que alcançou grande número de vendas, mas como nem tudo são flores e “para não dizer que não falei das rosas” não posso deixar de citar que o jovem movimento caiu nas graças da industria cultural de massas, do politicismo dos partidos políticos sobre tudo de esquerda e no canto da sereia do chamado “terceiro setor” e por fim do Capital, onde este tem o poder de transformar quase tudo ou tudo em mercadoria, logo o hip hop deve gerar lucro.
Assim de ativistas muitos passaram a ser artistas, profissionais, músicos e outros adjetivos diversos, só que se esqueceu de avisá-los que aqui não é América do Norte, ou especificamente a terra do Tio San, mesmo os que foram cooptados pelo Capital estão até hoje procurando o lucro, uns até mesmo de forma mais desesperada se expondo ao ridículo na televisão em diversos programas que historicamente vêem os pretos de forma estereotipada.
Um dos grandes méritos do Capital já analisado muito bem por Marx é a capacidade que este tem de transformar “tudo” em mercadoria, nunca é demais frisar.
Se pegarmos a história do Brasil veja que toda a expressão da cultura de matriz africana é marcada por conteúdo político de resistência, foi por meio dessas expressões que foram organizadas várias revoltas contestatórias.

Qual foi a resposta do Estado?
Primeiramente reprimiu essas manifestações de forma violenta sempre que teve a oportunidade, tentou esvaziar todo o conteúdo de resistência, e só depois o permitiu quando padronizadas, “enlatadas” e comercializadas sob o nome de elemento da cultura nacional e não mais de matriz africana.
Foi assim com a capoeira, com as danças africanas, com as religiões, com o samba e agora com o hip hop, todos podem fazer hip hop, inclusive brancos da classe média, só falta a polícia.
Isso chama-se projeto de embranquecimento, cujo o hip hop embarcou nesta esteira no começo da primeira década do século XXI.
Se para a classe trabalhadora as décadas de 1980 – 90 e a primeira década deste novo século foram perdidas, pra nós juventude preta oriundos da classe trabalhadora foram mais ainda, a derrota é esmagadora, pois não conseguimos nos organizarmos nas formas clássicas e quando construímos algo novo, damos de bandeja para o capital como o ocorrido com o movimento hip hop, hoje fora de combate no Brasil, ainda mais se tratando de um movimento que em curto espaço de tempo conseguiu alcançar os lugares mais distantes deste país onde nem mesmo a (pseudo)esquerda conseguiu chegar.
Resultado da derrota histórica vista por alguns como vitória: grande parte das posses viraram ONGs, outras foram cooptadas por ONGs que dizem manter o “protagonismo juvenil” (acrescente tutelado) inclusive reservando apenas um espaço de uma semana pra realização de semana de cultura hip hop capenga, rodeadas de patrocínios empresariais que não discute nada sério, mesmas lamentações e discurso de permanecia da sociedade vigente, veja bem, uma semana durante um ano esse é o espaço do hip hop?
Outras posses como que por osmose foram sugados por alguns partidos políticos, fazendo o jogo politicista da corrida por votos contra nós mesmo. Um mc já disse um dia “trabalhando contra nós mesmo sempre sairemos derrotados”(GOG).
Essas instituições (ONGs, Partidos, Estado, Capital), conseguiram tirar o potencial de resistência do hip hop o esvaziando inclusive com o aval de quem é adepto do hip hop.
Qualquer movimento social é por essência reformista já que surge de demandas imediatas, quando conquistada essa demanda eis a sua morte, tende a desaparecer, quando este movimento pode se manter?
Quando passa da luta imediata, da “consciência comunitária” pra consciência de classe.
Mas a questão é que os movimentos caíram no discurso do “chamado terceiro setor”, inclusive o hip hop chegando neste momento viciado, onde tudo é projeto social, edital público pra se fazer algo, mais uma vez o Estado burguês não brinca em serviço, incorporando todos na instituição desde que seja pela manutenção desta ordem.

E a luta?
Tem rappers que questionam: Qual luta? Racismo? Ainda existe isso? Violência policial? Tem policial mc.
E assim novamente “a história se repete como farsa”.
Para concluir: pode um movimento emanado do lupen proletariado, desprovido das condições básicas de existência ser revolucionário?
Na nossa história recente parece que a resposta é não, contudo o hip hop no Brasil enquanto ferramenta de luta tinha todas as condições de fazer lutas mais significativas, o problema é que a luta acabou quando muitos quiseram ir pra TV, outros apenas gravar um medíocre CD e ainda tem a turma que acha que o hip hop é baladinhas, embora ainda existam pequenos focos de resistência espalhados pelo país que fazem trabalhos sérios, sons de protesto, mas que são sufocados pela idolatria da sociedade de consumo, de classes...
Por tanto o hip hop continua em queda livre...

25/03/2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Código Thug life

Traduzi o código Thug Life não fielmente porque meu espanhol é zuado, rsrsrs. Mas para todos que fazem o hip hop saber da atitude do Tupac e Mutulu Shakur; Nas cadeias buscaram parar as guerras das gangues americanas e evitar o derramamento de sangue de inocente, Qualquer conhecidencia com as ruas de São Paulo são meras realidade da população urbana do mundo.

Rapper Pirata


Código Thug life

Normas del Code of Thug Life:
Todos los nuevos criminales deben saber: (Todos os integrantes do crime devem saber)
a) Va a ser rico. (Vai ser rico)
b) Va a ir a la carcel. (Vai para cadeia)
c) Va a morir. (Vai morrer)

A los lideres de las Pandillas: (Aos liderres das gangues)
son los responsables de los pagos legales a los miembros de la pandilla; tu palabra es tu obligacion. (Os lideres são responsáveis ao pagamentos a advogados e aos menbros da gangue; Sua palavras é uma obrigação)

La puta de uno es la puta de todos. (As putas são de todos)
Las putas ahora son como una enfermedad;(As putas agora são como uma doença) tarde o temprano todos las agarramos; (Todos pegam) y ellos tambien. (E eles também)

El lider de la pandilla y el grupo deben elegir a un diplomatico, (O lider e os membros da gangue dem eleger um diplomático) el cual debera trabajar en terminar las disputas. (Qual irá trabalhar para acabar com as disputas) En la union esta la fuerza!. (Na união está a força)

Robar coches en los barrios va contra el Code of Thug Life. (Roubar carros nos bairros vai contra ao código Thug Life)

Vender drogas a los niños va contra el Code of Thug Life. (Vender drogas para crianças vai contra código Thug Life)

Mantener relaciones sexuales drogado va contra el Code of Thug Life. (Manter relação sexual com drogado vai contra código Thug Life)

No vender drogas en las escuelas. (Não vender drogas nas escolas)

Desde que la puta de Nicky Barnes abrio su boca; irse de putas esta bien visto. Nosotros no estamos de acuerdo.

Los gatos de la policia, fuera. (Os tiras e gansos fora)

La policia nunca corre; Nosotros lo hacemos. Controla el barrio, y hazlo seguro para los demas. (Nós que controlamos os bairros para segurança dos moradores)

No vender drogas a las hermanas embarazadas. Es matar al niño, es un genocidio! (Não vender drogas para irmãs grávidas , vai matar a criança e isso é genocídio )

Conoce tu objetivo, quien es realmente el enemigo. (Saber o seu objetivo e quem é realmente o seu inimigo)

Los civiles no son un objetivo y seran dispersados. (Os civis não são o objetivo e serão dispersados)

Pegar a un niño no se perdonara. (Pegar uma criança não se perdoa)

Atacar la casa de alguien donde se sabe que vive su familia, debe ser cambiado o detenido.

La brutalidad sin sentido y las violaciones deben parar. (A brutalidade sem sentido e as violações devem parar.)

No debemos insultar a las personas mayores. (Não devemos insultar as pessoas mais velhas)

Respeta a tus hermanas. Respeta a tus hermanos. (Respeitar suas irmãs e irmãos)

Las hermanas han de ser respetadas si se respetan a ellas mismas. (As irmãs tem que ser respeitadas, se elas respeitam a si própria.)

Las disputas militares sobre areas de negocio en la Comunidad deben ser tratadas profesionalmente y no en el barrio. (As disputas militares sobre as áreas de negócios na Comunidade devem ser tratadas profissionalmente e não no bairro.)

Ningun tiroreo en las fiestas. (Nenhum tiroteio nas festas)

Conciertos y fiestas son territorios neutrales; ningun tiroteo. (Shows e festas são território neutros, não pode haver tiroteio.)

Conoce el Code of Thug Life; es para todos. (Conhecer o código Thug Life é para todos)

Se un apoyo. Se leal al Code of Thug Life. (Se um apoio. Ser leal ao código Thug Life)

Protejete a ti mismo todo el tiempo… (Proteja a você mesmo a todo tempo)

Sobre textos livros sobre hip hop na net.


Rapper Pirata

Tem umas paradas que uns escrevem sobre o hip hop que soa como ruins.
Loco! Esse papo que o hip hop mudou e agora misturou com elementos brasileiros é zuado. Porra! Todas as canções de rap sempre teve Tim Maia, samba entre outras coisas. O sampler que utilizamos, e fomos chamados de ladrão de música, é a mistura de todas as formas de música para criar uma nova. Você ouvindo rap faz uma viagem do folk até a opera, coisas que outros estilos musicais estão aprendendo a usar. Nós temos o lance da criatividade a cada música que fazemos, se uns preferem copiar, nós resolvemos inovar. Agora acho que o lance aqui não vira como muitos querem, porque a base do rap é preta e vem da periferia. E as mídias não estão em nossas mãos, Porra! Somos nós que musicamos a vida urbana de forma que ela é... Sem ignorar uma pá de coisas. Cansa ler esses textos que ficam desclassificando a arte do outro, somente para dizerem que entendem para caraio de hip hop. A base do rap é rua e é isso. A revolução política aqui foi oferecer a auto estima a todos nós.
Agora peceba que a indústria musical não investe em novas formas musicais, somente quando elas se solidificam, por isso que faz um 50 anos que cantamos Roberto Carlos, Frenéticas entre outros. Nada contra esses artistas , mas a indústria investe assim na busca do lucro certo, sem ter trabalho de divulgar e investir na cultura brasileira. Então nos oferecem o lance da independência sem autonomia, porque ficamos barrados em informações técnicas e falta de grana, como logísticas, publicidade, mídia entre outras coisas. Por que quem faz rap sempre será guerreiro(a) mesmo com toda essa tecnologia, que hoje faz a gente criar nossas bases, antes usávamos os vinis dos gringos. Tá ai o aumento criativo.
Mas foda-se tudo, o importante que quando alguém faz um rap, dança break, graffita ou risca um disco, está usando a liberdade que o hip hop o oferece, eliminando os preconceitos enraizados em nossos sub conscientes que forma uma muro invisível.

Falo! Creio na união dos lideres, porque o hip hop nos fez sermos lideres né, rsrsrs Agora como vamos buscar autonomia que é um problemas cultural do país.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ADMINISTRAÇÃO DA CIDADE SP ESTÁ CONTRA O HIP HOP IGNORANDO A LEI.

Rapper Pirata

São Paulo. 08 de fevereiro de 2009

A Semana de Hip Hop (lei 14.485 de 2007) é uma obrigação da administração pública do município de São Paulo, onde está no calendário de eventos da cidade de São Paulo. Até ai não é novidade? O Fórum de Hip Hop Municipal de São Paulo ficou o ano de 2009 lutando para ela ser realizada e não foi , tanto que até sua verba foi dotada no orçamento pela ex-vereadora Soninha (ex-PT e agora PPS), verba locada de 100 mil reais na Secretaria de Participação e Parceira, junto as coordenadorias de Juventude e CONE . O que aconteceu, somente serviu de estratégia contábil da prefeitura de São Paulo.
Desde a criação da lei, ex-vereadora Claudete (PT) e sancionada pela ex-prefeita Marta Suplicy (PT), nós do Fórum de Hip Hop Municipal de São Paulo dialogamos e protestamos para que ela seja realizada, só que até agora nada. Sabemos que o senhor Kassab nos bastidores avisou aos seus secretários para não fazer nada em prol do Hip Hop, até ameaçou não fazer a Virada Cultural se houver o hip hop (e nem artistas da periferia). Nós somos os problemas, e não sua administração que de forma criminosa não zela pela lei, porque a Semana de Hip Hop é uma lei. Quem não age como a lei prevê é criminoso? Sem inocência, isso é questionamento para reflexão somente! Vamos ao 'móio'! Não queremos a realização da Semana H2O somente por razão de um evento, é que os impostos tem que ser revertidos em serviços para a população, e cultura é um serviço.
Então nesse ano de 2010 também foi solicitado pela vereadora Juliana Cardoso (PT), projeto lei 636/2009, a dotação (11.14.24.131.2920.8052.3.3.90.39.00) de verba para Semana de Hip Hop 2010, são R$ 100 mil para pela Secretária de Participação e Parceria , e suas Coordenadorias CONE e Juventude a realiza, também para Secretária de Cultura mais R$ 100 mil. Esses somente a farão se o movimento e sociedade se manisfestarem. Lembro que queremos que ela seja realizada como está na lei, o movimento hip hop paulistano e sociedade chamados para criar o projeto e o poder público executar. Não aquele lance de cima para baixo, que as pessoas enviam projetos e seleciona-se algum. Isso pode caber para outras programações, não para Semana de Hip Hop que privilegia a construção coletiva.
Então peço a você leitor de fazer circular essa informação na net, imprima esse texto ou escreva um, cole no colégio, postes mercado, boca, universidade seja lá onde for. Aproveite o computador e manda um email exigido a semana para o Kassab e aos vereadores.
Um detalhe! a Semana de Hip Hop tem que ser realizada na semana de dia 21 de Março, dia internacional contra o racismo. O que essa administra me faz pensar? Quando ela vai lutando contra e não realiza por falta de sensibilidade e atualidade no pensamento político-administrativo?
Agora Kassab não vai fazer essas verbas virar especulação política.
Outra lace importante; Obrigado mulheres por terem a sensibilidade política referente o movimento hip hop, porque somente vocês fazem o que se deve ser feito na política, agir.

domingo, 18 de outubro de 2009

HIP HOP FILMES:RACISMO E VIOLÊNCIA DO ESTADO.




HIP HOP FILMES:RACISMO E VIOLÊNCIA DO ESTADO.
Rapper Pirata

São Paulo, 18 de outubro 2009.

O Fórum Hip Hop Municipal de São Paulo no dia 07 de novembro, no centro da cidade realiza o projeto Hip Hop Filmes, que trará a tona as discussões referente o Racismo e a Violência do Estado contra a população
Vai rolar o filme “Noticia de Uma Guerra Particular” do cineasta João Salles e Kátia Lund.
Estarão fomentando o debate as lideranças: Comunidade Netinho (Associação comunitária AVAS), Aécio (Pastoral Carcerária), Nando Comunista (FH2O Municipal SP) eles junto com os presentes apresentarão suas percepções e formas que se dá a brutalidade no estado contra a população pobre paulistana.
As apresentações artísticas fica por conta do movimento hip hop de São Paulo: rap, break, graffite, dj, poesia e amostra de artistas plásticos da periferia e muitos mais.

Serviço:
HIP HOP FILMES

RACISMO E VIOLÊNCIA DO ESTADO

Data: 07/11/2009
Horário:15:00 as 10:00
Local: Sinsprev
Endereço: Rua Antonio de Godoy, 88 - 2° andar

Filme: Além de uma notícia particular
Mesa: Nando (fórum), Aécio (Pastoral Carcerária), Netinho do Vista Alegre

Apresentações
DJ’s – Pec Jay, X-dee

Graffiti – Pardal (Freguesia do Ó)
Arte plastica: Fofão (Perus)
MC’s – Pirata, Juventude Retitude, Imortal Conspiração, Fantasma Vermelho, Jorge Versandu, Extremo Leste Cartel

Poesia: Gabriela, Erição

Microfone: livre

Entrada: Franca

Contato:
Celulares: 96045392 – Eric
82162160 – Rapper Pirata
93813637 – Caren
92417862- PEC Jay

Email: rapperpirata@gmail.com

Blog:forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com

Jornalista: André Luiz dos Santos.

domingo, 20 de setembro de 2009

Informe sobre Audiência Pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e da Juventude sobre os recurso para Semana de

Informe sobre Audiência Pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e da Juventude sobre os recurso para Semana de Hip Hop 2009.

Conforme deliberado em reunião ordinária da Comissão (dia 12 de maio de 2009), a partir de solicitação do Fórum de Hip Hop da cidade de São Paulo. Foi realizada uma audiência pública no dia 22 de maio, ás 19h, na sede da Ação Educativa, para tratar do problema dos recursos para a realização da Semana de Hip Hop.
Estiveram presentes: Vereadora Juliana Cardoso, que presidiu a Audiência; Renato Musa, representando a Secretaria da Cultura; Elizeu Lopes, representando o Vereador Netinho de Paula, e José Ricardo, representando o Vereador Cláudio Fonseca, e Djalma Lopes, representando o Fórum de hip Hop. A Secretaria de Participação e Parceira não enviou representante.
A Semana de Hip Hop consta da lei 14.485 de 2007 (que trata da datas comemorativas da cidade). Trata-se de um evento comemorativo que visa promover e divulgar o hip hop como uma cultura significativa da juventude da cidade, principalmente aquela de origem negra e residente na periferia da cidade. Deve se realizada em torno do dia 21 de março, quando se comemora o dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial, e deve incluir atividades das quatro manisfestadões dessa cultura(break, Graffit, Rap e bboy), além de promover debates que desenvolvam a compreensão sobre o papel da juventude afro-brasileira e da periferia.
Este evento foi realizado apenas uma vez, em 2005, promovido pela Coordenadoria da Juventude da cidade de São Paulo. Nos anos seguintes, não se realizou, por falta de recursos, segundo informações da Coordenadoria. Durantes o ano de 2008, o Fórum de Hip Hop procurou a Comissão da Criança, do Adolescente e da Juventude para colocar a questão e solicitar apoio para a exigência do cumprimento da Lei. Durante as audiências públicas do orçamento de 2009, protocolaram pedido de inclusão de recursos para a realização da Semana, assim como de outros programas relativos aos jovens. Foram incluídas rubricas no Orçamento de 2009: R$ 100.000,00 na Secretaria de Participação e Parceria, e R$ 1.000,00 na Secretaria da Cultura. No entanto, as verbas foram congeladas e a Semana mais uma vez não se realizou.
Na Audiência Pública ocorrida em 22 de maio de 2009 integrantes de diferentes movimentos de Hip Hop assinalaram que sentem um tratamento contrário ao Hip Hop por parte da gestão municipal: um tratamento que criminaliza e reprime em vez de promover o hip hop como cultura legítima. Cobraram da Prefeitura a realização dos programas previstos na legislação. O representante da Secretaria da Cultura explicou que nessa pasta houve um corte 30 % e alguns programas ficaram sem condições de execução, mas não podia responder pelo ocorrido na Secretaria Participação e Parceria.
A vereadora Juliana Cardoso colocou que a posição da Comissão é de valorizar a manifestação cultural dos jovens e contribuir para a execução dos programas relativos aos jovens.

Propostas levantadas na Audiência:

Reforçar o encaminhamento deliberado na reunião ordinária de 14 de abril, de solicitar uma audiência com o Secretário e Parceria, para buscar solução para o problema (essa audiência já foi solicitada e ainda não foi marcada uma data por parte da Secretaria)

Fazer gestões para inclusão de recursos no orçamento de 2010, mas não como emenda.
Propor uma regulamentação da Lei definido responsabilidades pela sua execução.
Realizar um debate entre a Secretaria da Segurança Pública, incluindo a Guarda Municipal, e representantes do movimento Hip Hop, para debater o tratamento público dado a essa manifestação cultural.
Realizar, no segundo semestre, uma reunião para debater a programação cultural nos CEUs.
Realizar novas audiências em horário e local especial (á noite e em bairros da periferia) para dar continuidade ao assunto.

domingo, 9 de agosto de 2009

OLHAR INSTITUCIONAL: O QUE PENSO E O QUE QUERO DO HIP HOP?

Sampa 09/08/2009.
Dia 29 de julho deste ano, rolou o evento 9ª SEMANA DE CULTURA HIP HOP, dás 20 hrs ás 23 hrs, lá na ONG Ação Educativa. Nós estávamos debatendo umas idéias sobre o Olhar das Instituições sobre o Movimento Hip Hop, com a pergunta a elas O que pensam e o que querem do Hip Hop? Os convidados pela organização do evento foi o Márcio Santos(mc do grupo Rota de Colisão) assessor de Projetos de Hip Hop da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, o Honerê Al-Amin da Posse Hausa- SP, o Marcelo da Cavanha da CUFA-SP e a conversa era mediada por mim: Rapper Pirata representando o Fórum de Hip Hop Municipal SP, também haviam várias personalidades do movimento hip hop paulistano.
A conversa durou três horas e teve abertura com a fala do Honerê Al-Amin, ele fez junto com os outros debatedores uma respectiva da história do movimento H2O e suas instituições; O Hip Hop tornou-se um instrumento social para jovens pobres estabelecerem seus espaços na sociedade e trocarem a violência por arte. O Hip Hop tem em sua essência buscar contar a história do berço da vida dos seres humanos, o continente Africano. Ele amplia as discussões das causas e efeitos na nossa vida e dos nossos ancestrais, que vieram como escravos em navios negreiros para o continente americano. Todos e todas presentem entendiam que o Hip Hop é um instrumento de combate aos resquícios dos tempos macabros mantidos ainda hoje em políticas e ações dos gerenciadores do estado. Os atos são difíceis de serem percebidos por comodismo de uns, por acharem-se beneficiados pelo tal racismo não declarado; Mas o genocídio e prisão de jovens moradores dos guetos e periferias aumentam, tanto que existem estatísticas com cálculos de projeções futuras que está em ordem crescente nos gráficos dos estudos sobre a violência, os número de quantos jovens serão ser assassinados.
O por essas razões todas e todos presentes na conversa afirmavam que o Hip Hop deve voltar as ruas, e se estruturar nas comunidades, onde ele é o potencializador e valoriza a auto estima dos moradores de bairros distantes dos centros financeiros, através de seus quatro elementos (mc, break, graffite e dj). Territórios urbanos que aumenta o consumo de drogas, que somente fragilizam os indivíduos e destroem suas famílias. Quem participa do movimento Hip Hop tem sua responsabilidade com a sua arte seja: o breaking, graffite, mc ou dj, com a construção da liberdade e autonomia do próprio movimento.
Então Cavanha da CUFA argumentou que a responsabilidade das instituições não é institucionalizar o movimento hip hop. Elas têm causas maiores no sentido de serem pontes do diálogo das comunidades com poder público. Também podem dar sustentação a essas culturas geradas na periferias, sem discriminaliza-las. Podendo ser uma via de combate a o mal que afeta e desestabilizado as pessoas dessa geração deste século, o desemprego. Como essas culturas tem suas especificidades como geradora de possibilidades financeiras para as pessoas que as fazem.
Cavanha acredita que se necessita organizar as forças do Hip Hop brasileiro, para elas juntas fortalecer em todo o aprendizados dessas três década do Hip Hop no Brasil.
A informação de como buscar a auto gestão dessas cultura periféricas e marginalizadas, cabe aos governos em todas suas esferas tornar-lo mais acessível, na formatação de políticas públicas que ajudem o desenvolvimento da cultura brasileira. Anulando entraves burocráticos que acabam excluído a participação dos interessados, e os elementos que mantêm o Hip Hop vivo. Márcio Santos enquanto representante de uma secretaria de estado diz que é necessário que os gestores públicos terem uma maior sensibilidade e responsabilidade em seus de projetos de cultura. Importante haver mini-cursos de criação de projetos para os públicos alvos, democratizando a informação para o número maior de pessoas serem contempladas. A participação de muitas pessoas que fazem o hip hop limita-se em obrigações como a criação de empresas para obterem o CNPJ. Então cabe o próprio movimento pressionar os gestores públicos e em prol do interesse do próprio Hip Hop.

A IMPORTANCIA DA CULTURA NA SOCIEDADE PAULISTANA

PROPOSTA PARA ELABORAÇÃO DO MÊS DE HIP HOP 2024

RESPOSTA DA SECRETARIA DA CULTURA REFERENTE O MÊS DE HIP HOP 2023

ESPORTE BREAKING COM POLÍTICA PÚBLICA

Plano de negócios para umempreendimento de Breaking

POLITICAS DE HIP HOP SP

DROGRA JWH-18 K

DROGADIÇÃO

CONFERÊNCIA LIVRE POPULAR DOS MOVIMENTOS CULTURAIS SP