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domingo, 15 de junho de 2014

Analise da Campanha Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais

Martim Islas

São Paulo, 11 de junho, Sindicatos dos Professores (APEOSP), as 19 horas.

 A Campanha Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais
convida entidades e cidadãos para ATO PÚBLICO contra a repressão policial ​,​pelo direito de manifestação, em defesa do Estado de Direito e contra violência praticada aos moradores da periferia da Região Metropolitana de São Paulo. Coordenado pelas pastorais sociais de la arquidiocese de São Paulo.

 Éramos poucas pessoas e poucas as entidades representadas...porém algumas observações: Em todos os depoimentos sobre o tema existia uma realidade que atravessava as falas, a certeza que na nossa sociedade, a norma hegemônica da liberdade é classista, patriarcal, racista, fascista, burguesa, heterossexual e misógina. De ai podem observar quem podem ser considerados, livres e cidadãos.
Por outro lado a maioria das falas eram feitas de pessoas brancas. Era um ato da porta para dentro da Igreja Católica, onde todo está subordinado á figura do bispo responsável, neste caso Dom  Milton, responsável das pastorais sociais.  Esse chegou, deu seu recado e foi embora.
Ato público dentro dum auditório fechado na Apeosp? O que é público então?
Ato público onde se vem já com as  sínteses e manifestação prontos. A mensagem direcionada principalmente para dentro da igreja, isto é, nos territórios paroquias: Em outras palavras um monólogo. Que implicâncias vai ter isso pra fora? Que  força tem que mexa com essa estrutura ditatorial?
Um ato que acontece num contexto de copa do mundo de futebol onde a mídia e o povo, estão focados. Para ninguém participar? Para dizer que se fez algo?
Teve denúncia de fatos, mas do Fórum de Hip-Hop MSP foi a única entidade que colocou o dedo na ferida, no racismo camuflado da sociedade e da igreja...Do massacre ou genocídio da juventude preta e periférica, foi  o Hip-Hop que trouxe carne para o evento, porque era essa dor que atravessa a pele, esse racismo que atravessa os corpos de jovens homens e mulheres, que falaram. ´
E essa dor e desde essa dor pude observar uma honestidade que não tem em nenhum outro sentimento. Porque essa dor, essa honestidade trás  uma urgência que não há noutro lugar, muito menos na igreja.
Só no Hip-hop, no rap, no ritmo, nos tempos urgidos de genocídio. E que nessa dor encontrei uma autenticidade que não há em nenhum conselho.
Nessa dor, essa urgência, essa honestidade, essa autenticidade que provoca, que convoca, que invoca, uma outra maneira de rever as relações sociais dentro deste contexto ditatorial, autoritário, racistas, imperialista e pelo tanto colonialista.
Interessante observar como em nenhum momento se fala a função que cumpre e cumpriu dentro deste contexto ditatorial a religião, as igrejas, tanto católicas ou outras... Refletem para fora mas não criticam para dentro.
Interessante observar...ninguém rompe, com o sistema, com as igrejas, religiões que justificam o estado atual.
São reféns do sistema até nas ferramentas de interpretação do própria realidade. Espero que não seja mais um momento de catarse.

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