Garantir
direitos para emancipação de indivíduos é uma construção
coletiva da sociedade.
Rapper
Pirata-
rapperpirata.blogspot.com
“Sozinho
se num guenta!”
Mano
Brown
Compreender
como efetivar as leis sociais que estão presentes na constituição
brasileira, artigo especifico o sexto, numa sociedade pós-moderna
com crises cíclicas do capital, e de valores conservadores
solidificado por sua elite; pode ser uma dificuldade para qualquer um
que acredita em outra história para o país, porem é possível essa
busca pela efetivação dessas políticas públicas, que mesmo sendo
compensatórias para grande maioria da população são importantes.
O
estado sul americano que se chama Brasil tem uma divida histórica
com a maioria da população, essa que ouviu e ouve nos discursos de
diversas administrações, em seus momentos de eleições, dizerem
que pagarão. Há uma reparação do saldo negativo de diversos
planos políticos em atraso, esses que mantêm a maioria pobre, e
condena os seres humanos do território gigante viver na miséria,
desde quando os europeus invadiram e aqui sua colônia até a atual
república democrática. Somos alienados por uma antiga ideia de país
do futuro, essa que vai postergando os direitos dos brasileiros
trabalhadores pobres de viveram a tal cidadania plena.
São
anos que os bancos de madeira nobre do senado, supremo tribunal até
da presidência são mantidos como escritórios da elite, ela faz o
patrimônio público pertencer à suas famílias, para determinar-se
mandatária da nação.
Ela
utiliza-se de estratégias inescrupulosas nos bastidores da história
para manter-se onde está, e não ser incomodada. Vai criando
simulacros de realidades na memória coletiva através de golpes de
estado; corrupções ativas de seus próprios lideres; conchavos de
falsas mudanças quando percebe que seu projeto político está
ficando desgastado e correndo risco de ruir-se. Chega até alugar o
território para o capital estrangeiro e vende as empresas públicas
para somente lucrarem, ofertando nos como milhões de clientes para
os interesses do capital estrangeiro. Portanto ela deixa intactas
suas bases na pirâmide da distribuição de renda, que massacra
diversas gerações de trabalhadores, especificamente a de nativos,
ribeirinhos, negros e moradores da periferia.
A
população é mantida na miséria e alienada com retóricas de um
estado falido, o intuito é minar quaisquer possibilidades de
rompimento desse ciclo de vantagens seculares dos ricos. Seus
gestores públicos usam a ideologia do estado mínimo afim de não
garantir os direitos sociais a nação. Enquanto os seus funcionários
economistas publicam teses matemáticas na mídia para justificar a
apropriação das riquezas geradas pela exploração da natureza, do
solo brasileiro, com industrialização de impostos, tarifações e
multas federais, estaduais e municipais e o atachamento de salários.
Como
a elite sabe que existe uma resistência de alguns movimentos
políticos de base popular, que na história poderiam criar uma
cidadania coletiva, então ela criou uma rede nos judiciários para
criminalizá-los. Contra eles os tais mandatários sempre movem a
máquina do estado brutalmente, com o foco de eliminar suas
lideranças seja por assassinatos, esquartejamentos, encarceramento,
empobrecimento. Além de apropriam-se das lutas, a elite
transveste-se como fossem essas lideranças das causas dos pobres,
que lutam e lutaram pela mudança do rumo da história do país, essa
é uma das engrenagens do seu sistema político. Ela também manipula
os sistemas de comunicação e parlamento para controle da
mentalidade do povo emburrecendo-o para não haver futuras revoltas
nas ruas.
Os
trabalhadores são precarizados nas suas conquistas democráticas,
sempre há ataques aos seus direitos: SUS (sistema de saúde), ECA
(estatuto da criança e adolescentes), CLT (consolidação das leis
trabalhistas), aposentadoria; forma entendida pelos pensadores da
burguesia nacional para corrigirem as derrotas no percurso da
história, então difundem a necessidade de reformas de leis que
foram criadas a partir das bases populares.
Os
partidos políticos não realizam a politização da massa, por
acordos de alternâncias do poder entre burguesias, principalmente
essa nova oriundas da indústria, comercio, universidades,
funcionarismos público e do próprio parlamento. O produto interno
bruto é fatiado com poucos, que se adaptam as benesses da minoria.
Com essa estrutura ideológica construída para não haver
transformações sociais reais no país, deixa algumas políticas
públicas avançadas nas áreas da saúde, assistência, trabalho,
cultura e educação não serem efetivadas, porque também são
observadas como negócios para o capital, além de trazer mudanças
radicais na cultura do país.
Os
partidos políticos e muitos intelectuais mergulharam na proposta do
neoliberalismo internacional, iniciado na década de setenta pelo EUA
e Inglaterra, por perceberam que obteriam privilégios e seus grupos
de empresários, ricos, igrejas e movimentos de interesses exclusos.
Em troca controlam os bolsões de miséria, para retirarem e
apropriarem-se do dinheiro público; enfraquecendo sindicatos; tornam
as universidades tecnicistas; precarizando as relações trabalho;
aumentam o aprisionamento; promovendo a morte de jovens pretos e
moradores da periferia; criminalizam a pobreza, difundindo pelos
meios de comunicação valores conservadores, sucateando o ensino
público e hospitais; aumentando a especulação imobiliária;
desestimulando a partição da população no parlamento; corrompendo
os movimentos e lideranças para manter a fragmentação da esquerda,
entre outras formas que a cartilha da elite brasileira rege.
Com
tudo isso se cria uma sensação ser um desafio impossível à
emancipação da população para transformar essa sociedade
brasileira, em razão desta sagacidade das elites mutar-se em várias
décadas, com seu intuito de manter na dependência a maioria. Essa
maioria que sobrevive como as pessoas que estavam na situação de
escravizados em quase quatrocentos anos nesse país.
A
ideia de sobrevivência, superar o outro como concorrente, é
propagada pelas elites brasileira e internacional, juntas sabem que o
trabalhador não irá unir-se com seus semelhantes, a energia que
provocaria a mudança dessa perversa história de um povo.
Os
movimentos sociais, assistentes sociais, professores, artistas
culturais são uteis para garantir os direitos da população pobre,
auxiliando-a a compreender sua situação e quais são as ferramentas
para sua emancipação humana. Porque o dialogo entre trabalhadores
são momentos de compreensão e de ajuda mútua, não perdendo de
vista os andares de avanços e de retrocessos do cotidiano do
trabalhador brasileiro.
*Art.
6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010