HIP HOP COMO
PROJETO POLÍTICO SOCIAL EMANCIPATÓRIO.
Rapper Pirata-
rapperpirata.blogspot.com
São
Paulo, 02 de janeiro de 2013 - O erro dos
formadores de politicas públicas para juventude pobre no Brasil é a
idealização de formação de novos trabalhadores em
desenvolvimento, os que serão explorados pelo capital; ou a visão
preconceituosa e racista de agentes criminosos. O resultado
efetivo dessas formas de visão politicas se dá no aumento
de mortes, aprisionamento em massa, número de desempregados que
estão em condição de rua (estão condicionados a tal situação)
ou continuam morando em locais precário sem saneamento mínimo,
distanciamento precoce da escola, usuários precarizados no
atendimento do sistema único de saúde, consumidores em potencial de
endividamento, não participantes efetivos nem de programas de cunho
social.
É
saber notório que as politicas públicas voltada para a juventude,
digo a que se formou na década de oitenta até o dia de hoje, sempre
tiveram como foco a prevenção a violência, como todos fossem
violentos por estar na miséria gerenciada por organismos
institucionais corruptos, a pobreza extrema que cristalizou-se e
aumentou com o neoliberalismo chancelado pelo o governo do sociólogo
Fernando Henrique Cardoso.
E
há também a preparação de novos trabalhadores para indústria,
essas que pagam menos de dois salários mínimos, que desde da década
de noventa não projetou reajuste reais dos salários, que foram
sempre achatados em crises criadas por mandatários do país. Uma
justificativa para educação voltada para tecnicidade, ela forma
somente massa de reserva de trabalhadores que desde do fim da
escravidão são chamados de desqualificados. Mais uma falácia para
empresários empurrar para o governo e para os próprios
trabalhadores não salariados a tal qualificação
profissional. Assim se organiza uma educação sem
questionamento político social de transformação, o qual poderia
mudar a sociedade. O ensino precarizado de seres técnicos nas
instituições de ensino, seja médio até superiores pública ou
privadas e sempre a galinha do ovos de ouro dos
políticos-empresários, eles usam o estado para ganharem, explorarem
e controlarem a nação.
Enquanto
ideias de roupagens novas de juventude voltadas ao trabalho
necessitam ser transversais em secretarias ou ministérios, sem
nenhum questionamento da sua efetivação, sem deixar de
mostrar o preconceito de uma mensagem subliminar, considerando o
jovem pobre como vagabundo. Ele necessita trabalhar para educar-se e
para sobreviver, discurso percebido por legisladores veiculado a
forças autoritária do Brasil, e também perpetuado pelos donos da
senzalas referente aos seres humanos que estavam condicionados à
escravidão.
Nesse
situação histórica social que se dá o movimento hip hop no Brasil
e no mundo.
Sendo
especifico nesse país. O legislativo e o executivo não olham para o
potencial que o hip hop tem a favorecer para a politização da
nação, ações que partidos políticos importantes deixaram para
manterem uma nova classe, uma nova elite também crê que o pobre
será sempre o 'problema mano!'. O movimento tem em sua
essência a emancipação, (não pretendo aqui discutir a teoria
filosófica), do ator que nele está envolvido.
Eu
não valorizo o empreendedorismo e voluntarismo porque não há um
mercado sólido para tais concepções liberais, que são ópios
sociais inventados que trazem dentro dos seus discursos valores
negativos para o trabalhador pobre, essas tais ações somente
potencializam a exploração capital-indústrial.
Voltando
ao hip hop. Ele tem o potencial de emancipação do jovem, porque ele
além de desenvolver sua arte, começa a ampliar sua percepção de
sujeito social tornando-se critico de sua realidade, criando diversas
atividades para a garantia de seus direitos e de seus familiares e
vizinhos pela rimas, graffites, riscando discos, dançando break,
escrevendo, fotografando entre outra técnicas para passar a mensagem
e entender-se como sere coletivo. O indivíduo preto (aqui incluo
todos os filhos da miscigenação cientifica que desejava
embranquecer a nação até a década de setenta para sermos com a
Europa, também fora o inicio do hip hop estadunidense), pobre
e morador da periferia do capital deixa de ser um jovem branco de
perfil alienado da ideologia ariana propagado pela televisão,
rádio até meios virtuais. Esse jovem que sua família se estrutura
com a apropriação da riqueza do país de formas nefastas.
O
hip hop é o grande responsável pela da valorização da autoestima
(não estou aqui realizando análise da área da psicologia) da
periferia com maior visibilidade na década de noventa, e mantêm- se
até hoje, com essência nas questões históricas do movimento
negro e de resistência do povo brasileiro e do mundo. Questões
vistas como de minoria pela na mídia 'brazilestadunidense' e nos
bancos intelectuais europeus das acadêmias.
O
movimento hip hop não é somente uma manifestação cultural criada
pelos bárbaros, o hip hop é responsável do grande número de
jovens pobres nas universidade; da utilização das potencialidades
do barateamento da indústria de informática áudio visual;
formação de educadores sociais; criação centro de culturais
periféricos, pela direção e elaboração de projetos artísticos
de grande e pequeno porte, organizações politicas com ações nas
periferias do país, pela produção de vestuários e moda estética
e visual; entre outras formas.
O hip
hop tem como potencializar a juventude dos pobres, não como uma
transição para a fase adulta, e sim como a construção de uma
estrutura de viver no país.
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